
Segundo estudo do Instituto Maria da Penha, a cada dois segundos uma mulher é vítima de violência verbal ou física no Brasil. As agressões e ameaças contra elas podem ser de cunho físico, psicológico, sexual, patrimonial ou moral. Com frequência, casos de toda a natureza têm estampado as manchetes dos jornais e chocado a população.
Nesta semana, o Diálogos na USP debate a epidêmica violência contra a mulher no Brasil. O programa conta com a participação de Ivete Boulos, coordenadora do Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Sexual (Navis) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, e Kátia Boulos, graduada e pós-graduada pela Faculdade de Direito (FD) da USP e presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/SP.

“É muito importante a gente estar aqui falando desse assunto tenso e denso, e que não pode ser calado”, ressalta Ivete, que também observa que, no período em que ficou no estúdio da Rádio USP, uma mulher deve ter ser sido morta por causa de seu gênero. No Brasil, há uma vítima de feminicídio a cada uma hora e meia.
Acerca dos casos de estupro nos ônibus de São Paulo, Kátia Boulos reitera a importância de pôr em pratica políticas afirmativas de prevenção à violência contra a mulher. Para a advogada, a informação é uma ferramenta essencial para desconstruir discursos sexistas.
Em reportagem de Simone Lemos, o professor de Direito Penal da USP Luciano Anderson de Souza explica o que permitiu juridicamente que Diego Ferreira de Novais saísse impune após ejacular em uma passageira num ônibus da Av. Paulista.
São abordagens que você ouve, na íntegra, no programa Diálogos na USP, que foi ao ar na última sexta-feira (8).