Mercado de trabalho mostra recuperação gradual

Criação de empregos em abril apresenta saldo positivo, mostra análise feita por pesquisadores de economia de Ribeirão Preto

 07/07/2017 - Publicado há 7 anos     Atualizado: 10/07/2017 às 14:09
O segmento de montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas contribuiu com o fechamento de 392 vagas – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Mesmo com as incertezas da crise política que abala o País, dados da última edição do Boletim Mercado de Trabalho Ceper/Fundace mostram sinais de recuperação do mercado. As análises dos pesquisadores, ligados à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp) da USP, utilizam informações do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de abril de 2017.

Foram analisadas várias regiões do Estado de São Paulo e Região Administrativa de Ribeirão Preto (Rarp), que compreende as cidades de Franca, São José do Rio Preto e Campinas, com exceção do município de Sertãozinho-SP, e do Brasil que apresentaram contratações positivas. A  Rarp registrou a criação de 2.375 postos de trabalho, montante de vagas levemente superior ao mês abril de 2016, quando foram registradas 2.338 contratações.

Somente o mês de março apresentou saldo de desligamentos em 2017, ficando o acumulado no ano em 7.987 contratações líquidas. Entre os setores avaliados, a construção civil foi a que apresentou pior desempenho, com o mais elevado número de demissões. O segmento de montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas contribuiu com o fechamento de 392 vagas. Já a indústria foi a área que mais contratou, com a fabricação de açúcar bruto criando 2.140 vagas no período.

A construção civil foi a que apresentou pior desempenho, com o mais elevado número de demissões – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

O município de Ribeirão Preto registrou 222 contratações líquidas (é o saldo feito quando há mais contratações do que demissões) no mês de abril de 2017, ao contrário do cenário de demissões exibido no ano passado. Embora somente o mês de março tenha contabilizado saldo de demissões líquidas, o resultado acumulado no ano de 2017 indica destruição de 19 vagas.

Entre os setores analisados, comércio, indústria, serviços, agropecuária e construção, os da indústria e comércio apresentaram demissões líquidas (saldo feito quando há mais demissões do que contratações); construção civil foi a que mais contratou (192 vagas líquidas), apresentando desempenho no nível municipal superior do que aquele registrado nos níveis nacional, estadual e regional.

Quanto ao número de pessoas sem posto ocupação, entre fevereiro e abril de 2017 conta-se um contingente de 14 milhões de pessoas. Este número apresenta leve queda em relação ao trimestre janeiro-março de 2017, quando essa cifra atingiu 14,2 milhões de pessoas, um recorde para a série de estudos iniciada no primeiro trimestre de 2012.

O rendimento real médio entre fevereiro e abril de 2017 segue estável, alcançando a cifra de R$ 2.107, frente aos R$ 2.095 do trimestre anterior e aos R$ 2.052 do mesmo trimestre de 2016. Comparado com o trimestre anterior, apenas os serviços domésticos apresentaram crescimento (1,9%). No comparativo com o mesmo trimestre de 2016, o melhor desempenho ficou por conta da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (6,3%).

 


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