O Ministério da Saúde anunciou, na sexta-feira da semana passada, a ampliação do público-alvo de seis vacinas oferecidas nos postos de saúde de todo o País. Na opinião do médico sanitarista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP, Daniel Araújo, isso se deu porque o Ministério conseguiu melhorar a logística de distribuição das vacinas oferecidas pelos postos de saúde pública.
As vacinas que serão mais abrangentes são Hepatite A, que atendia à idade máxima para vacinação de 2 anos e passa a atender crianças de até 5 anos de idade; a Tetra viral, contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela, que era oferecida na faixa etária de 15 meses até menor de 2 anos e agora passa a ser oferecida a crianças de 15 meses até 4 anos de idade; a vacina contra HPV, oferecida para meninas de 9 a 13 anos e que inclui meninas de 14 anos, este ano passa a ser oferecida também para meninos e homens com HIV e Aids entre 9 e 26 anos de idade e imunodeprimidos, como transplantados e pacientes com câncer.
A Meningocócica C era oferecida em duas doses, aos 3 e 5 meses e um reforço aplicado até 2 anos de idade. Com a medida do Ministério da Saúde, o reforço pode ocorrer até 4 anos de idade.
Outra novidade é que a vacina Meningocócica C conjugada também passa a ser oferecida a adolescentes de 12 a 13 anos. A faixa etária será ampliada gradativamente, até 2020, quando serão incluídos crianças e adolescentes de 9 até 13 anos.
Já a dTpa adulto contra difteria, tétano e coqueluche era aplicada no fim da gestação e, a partir de agora, é recomendada a gestantes a partir da 20ª semana de gestação. Mulheres que não se vacinaram na gravidez podem receber uma dose de dTpa no puerpério.
A Tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola tinha a segunda dose administrada até os 19 anos de idade e passa a ter essa segunda dose na população de 20 a 29 anos de idade. Com a medida, as duas doses contra sarampo, caxumba e rubéola passam a ser oferecidas para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade. Já para adultos de 30 a 49 anos de idade, permanece a indicação de apenas uma dose de Tríplice viral.