A medicina integrativa é um novo modelo de cuidado desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que insere práticas alternativas aos procedimentos tradicionais. O órgão recomenda que todos os governos incluam o método à rede pública. Atualmente, a iniciativa tem maior destaque na oncologia, cardiologia, dores e pediatria.
O coordenador científico do Programa de Pediatria Integrativa do Instituto da Criança (Itaci) do HC, Ricardo Ghelman, argumenta que todos os novos tratamentos empregados consistem em evidências científicas. Em 2006, o Ministério da Saúde autorizava o uso de apenas cinco práticas no Sistema Único de Saúde (SUS). Neste ano, o número saltou para 19.
Para demonstrar a importância desses projetos, Ghelman afirma que foi observado, na Inglaterra, que o período de internação de crianças com câncer em quartos com vista para árvores é menor quando comparado ao tempo em que elas ficam reclusas em cômodos só com paredes brancas. Assim, o Hospital do Câncer Infantil da USP implementou a terapia pioneira de apreciação da natureza, em que a equipe médica interage mais com o meio ambiente.