Na nova edição de Decodificando o DNA, a geneticista Mayana Zatz, professora do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências (IB) da USP, comenta sobre uma pesquisa realizada na USP que revelou, na última semana, o lado terapêutico do vírus zika, que, em 2015, deixou em alerta as autoridades mundiais de saúde pública, quando se estabeleceu a ligação entre a infecção pelo vírus durante a gestação e o nascimento de crianças com microcefalia.
Publicado na revista Cancer Research, da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer, o novo estudo mostrou o efeito deletério da injeção do vírus purificado, em baixa concentração, sobre tumores embrionários cerebrais, de células humanas, induzidos em camundongos de baixa imunidade. Para a professora, a revelação é mais uma evidência de que “há males que vêm para o bem, já que o fato de termos essa epidemia de zika vírus mostrou que cerca de 80% das pessoas adultas infectadas não têm sintomas, uma informação muito importante em relação à segurança”, no que diz respeito a futuros testes com o vírus.
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