Nesta semana, o professor Octávio Pontes Neto fala sobre a disfagia, dificuldade para deglutir sólidos e líquidos, complicação muito comum, principalmente após Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Segundo o professor, “cerca de um terço dos pacientes com AVC desenvolvem disfagia”, que, até pouco tempo atrás, só tinha a reabilitação fonoaudiológica como tratamento. Entretanto, na Conferência Internacional de Acidente Vascular Encefálico, que aconteceu em Los Angeles, Estados Unidos, no final do mês passado, foi apresentado o resultado de um estudo que testou a estimulação elétrica faríngea para pacientes que desenvolveram disfagia e pneumonia aspirativa.
Pontes explica que, no estudo, “foram utilizados durante três dias, por dez minutos, eletrodos na parte posterior da garganta”, e os resultados surpreenderam. “Neste estudo, a previsão era de participação de 140 pacientes, mas com 70 que receberam o tratamento os benefícios já foram comprovados.”
Mesmo com os resultados benéficos, o professor alerta que “esse foi um estudo pequeno, feito especificamente com pacientes com AVC e que estavam em ventilação mecânica por disfagia e por pneumonia; entretanto, abre um leque importante de aplicação desta estimulação faríngea para um grupo mais amplo com pacientes com AVC”.
Ouça acima, na íntegra, o comentário do professor Octávio Pontes Neto.