A placenta é um órgão provisório que se desenvolve dentro do útero da mãe e se aloja na parede uterina durante a gravidez. É graças a ela que, através do cordão umbilical, ocorrem as trocas de oxigênio e gás carbônico entre a mãe e o feto e a transferência de nutrientes do sangue materno para o sangue fetal. Em outras palavras, pode-se dizer que é através da placenta que o feto, entre aspas, respira e se alimenta.

Seu bom funcionamento é essencial para manter uma gravidez saudável até o momento do parto, mas problemas neste órgão podem gerar graves riscos tanto para o feto quanto para a futura mãe e merecem atenção redobrada.
Uma das patologias placentárias existentes é o chamado descolamento prematuro de placenta, que, de acordo com publicação do Ministério da Saúde de 2012, é definido como “a separação da placenta da parede uterina antes do parto”. O descolamento pode ocorrer na segunda metade da gestação, podendo ser total ou parcial, e, na maioria dos casos, leva à interrupção forçada da gravidez.
A patologia, de acordo com publicação mencionada, ocorre em aproximadamente 1% a 2% das gestações e é a principal causa de óbito perinatal, ou seja, de morte de fetos ou recém-nascidos.
Para falar sobre o assunto, a Rádio USP conversou com a professora Ruth Hitomi Osava, docente do Curso de Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP.