“Há inúmeros caminhos para modificar o status quo da Petrobras, presa hoje em uma complexa cadeia de interesses nacionais e internacionais. Eu optaria por um que maximize seu potencial de geração de lucros, a serem distribuídos para as áreas de educação, saúde e programas sociais do País.”
Assim terminou a entrevista, no programa Desafios, com o professor Ildo Sauer, docente no Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, que foi diretor da Petrobras entre 2003 e 2006, no primeiro governo Lula (veja vídeo abaixo). Sauer, na entrevista, discorreu sobre o atual momento da empresa petrolífera e seus eventuais e possíveis desdobramentos sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Sob a nova direção do ex-senador Jean-Paul Prates, a empresa está, de imediato, diante da escolha de manter seu atual alinhamento internacional nos preços de petróleo praticados no País ou adotar uma opção mais voltada ao poder aquisitivo dos brasileiros.
Os preços dos subprodutos do petróleo, como gasolina e diesel, mexem com o humor da população. São itens sensíveis, cujo manejo envolve o arcabouço legal vigente em torno da Petrobras, que distribui seus lucros regiamente aos acionistas, sendo o governo o principal, ao lado de investidores privados e internacionais.
Uma parcela é destinada aos investimentos da empresa – cujos comandos anteriores estiveram, até agora, empenhados em aplicar sistemáticas políticas de desinvestimentos na empresa.
https://www.youtube.com/watch?v=Ea1eg3rRq08