O tratamento do câncer de mama em estágio inicial, evitando a quimioterapia, é tema da entrevista com a professora Laura Testa, coordenadora do Ambulatório de Câncer de Mama do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).
Um estudo norte-americano que analisou 10 mil mulheres considerava como estágio inicial os tumores menores localizados na mama sem a presença de linfonodos acometidos, com receptores hormonais positivos e sem a expressão da proteína HER2.
Durante o estudo, foi realizada uma avaliação molecular em pacientes com risco maior de recorrência da doença através do teste oncotype DX, que classifica as chances de a doença voltar e avalia se a quimioterapia pode reduzir efetivamente esse risco de retorno. As pacientes que não recebem a quimioterapia passam a receber um bloqueio hormonal, normalmente através de comprimidos consumidos diariamente para impedir a metástase.
Segundo a pesquisadora, quando o câncer de mama é diagnosticado em sua fase inicial, tem grande chance de cura. “Muitas pacientes têm um risco baixo de recorrência após o tratamento mais conservador, e hoje, mesmo nos diagnósticos iniciais, se consegue saber quais pacientes precisam de um tratamento mais agressivo para alcançar a cura.” O índice de cura para a fase inicial do câncer é acima de 90%.
O exame, entretanto, não é garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e nem é listado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o que não obriga a cobertura pelos planos de saúde.
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