Barragens inativas devem ter supervisão constante, diz especialista

Os cuidados com as barragens desativadas devem ser os mesmos adotados para aquelas em funcionamento

 20/02/2019 - Publicado há 6 anos     Atualizado: 28/04/2020 às 13:36
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Barragens de rejeitos é o tema do programa Ambiente é o Meio desta semana, e o convidado para falar sobre o assunto é o professor Luis Enrique Sánchez, da Escola Politécnica da USP, especialista nas áreas de planejamento e gestão ambiental.

O professor explica que as barragens são estruturas de engenharia, construídas para armazenar os rejeitos que, em sua maioria, “são extraídos junto dos minérios comercializados e processados em uma estação industrial chamada usina de beneficiamento. Geralmente esses rejeitos não têm aproveitamento”.

Sánchez conta que uma barragem de rejeito é diferente de uma barragem de armazenamento de água, esta usada para fornecimento de água ou energia. “A de rejeito tem um período de construção que corresponde ao seu período de funcionamento de operação. Com isso, elas serão erodidas, conforme a usina de beneficiamento vai produzindo volumes maiores de rejeito”.

No caso de Brumadinho, a barragem estava inativa, e o professor conta que “este é o estado onde a barragem de rejeitos já atingiu o seu limite. Diferente das de água, que são primeiramente construídas, para depois receber a água”. 

Em relação ao monitoramento, Sánchez diz que as barragens inativas devem ter o mesmo tratamento das que estão em funcionamento, “com os mesmos sistemas de controle e também sujeitas às mesmas regulamentações de inspeções e visitas periódicas de segurança”.

Ambiente É o Meio é uma produção da Rádio USP Ribeirão Preto em parceria com professores da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP e Programa USP Recicla da Superintendência de Gestão Ambiental (SGA) da USP.


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