O Brasil é uma das economias mais fechadas do mundo e os números provam isso. O País respondeu por apenas 1,1% de todo o comércio global realizado no ano passado. Apesar de ser uma potência agrícola, com recorde de produção de grãos, liderança nas exportações de soja e milho e ter o maior rebanho bovino do mundo, o Brasil patina quando o assunto é comércio exterior.
No ano passado, o País ficou em 27º lugar no ranking mundial de exportações. As vendas externas somaram US$ 239.523 milhões , cerca de 10% a mais do que foi comercializado em 2017. Mesmo com o aumento, perdeu uma posição em relação ao ano anterior. Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil foi ultrapassado pelo Vietnã e segue atrás de economias como Malásia, Polônia e Tailândia.
O carro-chefe das exportações brasileiras são as commodities agrícolas e minerais. Segundo o professor Luciano Nakabashi, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, o Brasil precisa diversificar a pauta de exportações e alavancar o comércio de produtos com maior valor agregado. O governo brasileiro percebeu essa necessidade e quer abrir a economia para aumentar a participação do País no comércio global. Para isso, é preciso garantir que as empresas nacionais consigam ter condições de competir com as estrangeiras para evitar erros do passado.
Estimular a concorrência é parte importante na modernização da economia brasileira, mas não é tudo. O empresário André Ali Mere, diretor da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), chama atenção para a necessidade de se investir em infraestrutura.
O professor Nakabashi vai mais além. Para ele, as prioridades devem incluir não só a infraestrutura, mas também a desburocratização e a capacitação e qualificação profissional.
Ouça no link acima a entrevista na íntegra.