A Enfermagem, representando a maior força de trabalho em saúde no País, conta com quase 3 milhões profissionais, sendo 24,4% enfermeiras(os) e 75,5% auxiliares e técnicos de Enfermagem. Nesse contexto, a notória excelência acadêmica, evidenciada nos cursos de graduação (enfermeiras/os e licenciadas/os em Enfermagem), pós-graduação lato sensu (especialização e residência em Enfermagem) e stricto sensu (mestrado e doutorado), destaca o papel crucial desempenhado pela Escola de Enfermagem na formação, qualificação e liderança desses profissionais, consolidando seu impacto no setor da saúde.
A trajetória da EE, na formação de 4.065 enfermeiras(os) e 513 licenciadas(os) em Enfermagem, é marcada pela sólida base teórico-prática, fundamentada nas melhores evidências disponíveis, desenvolvida nos renomados campos de prática do Sistema Único de Saúde (SUS), posicionando os graduados como líderes destacados na assistência, gestão, educação e pesquisa, consolidando a Escola de Enfermagem como referência nacional e internacional.
A escola reforça seu compromisso social, ao destinar 50% das vagas de graduação para estudantes de escolas públicas e jovens pretos e pardos, enquanto apoia políticas inclusivas, de bem-estar e pertencimento em sua comunidade. Os 294 residentes em Enfermagem, formados desde 2013, exercem papéis de liderança em instituições de saúde públicas e privadas. Oferecemos cursos de especialização e promovemos numerosos eventos científicos, cursos de atualização e de difusão. Nos últimos cinco anos, organizamos 383 eventos, atingindo um público de cerca de 200 mil pessoas.
A pós-graduação em Enfermagem, pioneira no País, com 50 anos de história, destaca-se como uma força impulsionadora de impacto e inovação no cenário da saúde e da Enfermagem. Formamos 1.533 mestres e 837 doutores, em cinco Programas de Pós-Graduação, tendo recebido vários reconhecimentos, com destaque para os 14 Prêmios Capes de Tese, consolidando sua excelência educacional. A produção científica e técnica gerada nos programas tem impactado nas políticas públicas e na ciência da saúde e da enfermagem em áreas temáticas diversas como saúde da criança e família, saúde da mulher, saúde coletiva, saúde do adulto e idoso, saúde mental, gestão em saúde e outras, contribuindo, desse modo, para a consolidação de áreas de conhecimento da Enfermagem para alcance de melhores níveis de saúde de indivíduos, famílias e comunidades.
O impacto da pós-graduação na solução de problemas de saúde é reconhecido no País e fora, a exemplo do Programa de Doutorado Interinstitucional no Amazonas, Pará e Chile, fortalecendo a ciência da enfermagem e saúde em suas regiões, com destaque para projetos desenvolvidos na região amazônica de atenção à saúde indígena e de ribeirinhos, transporte aeromédico e uso de fitoterápico produzido a partir de espécies nativas, entre outros.
As pesquisas produzidas buscam soluções inovadoras para desafios de saúde e têm sido financiadas por diversas agências/órgãos de fomento à pesquisa, nacionais e internacionais. São desenvolvidas por docentes e seus alunos de iniciação científica, de residência em Enfermagem, de mestrado, doutorado e de pós-doutorado e divulgadas nos mais renomados periódicos científicos nacionais e internacionais, dando grande visibilidade à ciência da Enfermagem brasileira, projetando a EE e a USP a congêneres internacionais. Além de fortalecer os grupos de pesquisa liderados por docentes e certificados pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
A ousadia da escola em abrir novas áreas, como Saúde digital, Tecnologias em saúde, Desenvolvimento sustentável, Enfermagem em saúde mental e psiquiátrica infanto juvenil, Gestão e força de trabalho em saúde, Simulação clínica e prática assistencial interprofissional, reflete a abertura ao novo e a busca incessante pela inovação, colocando-a na vanguarda de formação dos profissionais para lidar com demandas contemporâneas.
O diálogo e as ações da Escola de Enfermagem com e para a sociedade são notórias. A participação no Programa Educação pelo trabalho (PET-Saúde), apoiado pelo Ministério da Saúde, articula ensino-serviço no SUS, numa perspectiva interprofissional e interdisciplinar. As 13 Ligas Acadêmicas, a participação de estudantes na Jornada Universitária e em campanhas de saúde, e a curricularização da extensão promovem integração entre ensino, pesquisa e extensão; aprendizado experiencial; desenvolvimento de habilidades profissionais e forte aproximação/fortalecimento da relação universidade-comunidade.
A escola tem parceria com instituições de ensino e de saúde, secretarias de saúde, ministérios, agências e órgãos, oferecendo consultoria e assessorias específicas. Sua influência não se limita às fronteiras nacionais. A formação de profissionais qualificados, aliada à pesquisa inovadora e a importante inserção internacional de seus docentes, posiciona a EE como um agente ativo na promoção da Enfermagem em âmbito global e projeta a escola como uma instituição de vanguarda.
Somos uma voz ativa e exercemos ação política nos grandes debates que envolvem a saúde, a Enfermagem e a educação no âmbito nacional e internacional. Nos articulamos com entidades de representação da Enfermagem no Brasil e fora do País. Assim, a escola vem contribuindo não apenas para o desenvolvimento da profissão, mas também desempenhando um papel vital na promoção da inovação e desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira, melhorando a saúde e o bem-estar da população. O impacto da EE transcende fronteiras, consolidando-a como uma referência não apenas pela excelência na formação e qualificação de profissionais, mas também na geração de conhecimento, implementação de melhores práticas e inovação para a saúde global.
Com uma história sólida, a Escola de Enfermagem da USP continua a fazer história, construída por cada pessoa que a compõe, estudantes, servidores docentes e técnico-administrativos e instituições parceiras. Continuaremos defendendo a educação pública de qualidade e inclusiva; construindo os caminhos e sendo força motriz para o desenvolvimento da Enfermagem, da saúde e do país.
Vida longa à USP e à EE!
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