O Ministério da Educação (MEC) divulgou mudanças para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano de 2017. Decididas por meio de consulta pública, a ação envolveu cerca de 600 mil participantes, que foram responsáveis por responder diversas questões sobre a realização do exame, entre os dias 18 de janeiro e 17 de fevereiro.
Dentre as alterações, a principal foi referente aos dias de prova — agora o Enem será realizado em dois domingos consecutivos. Além das datas, houve alterações nas disciplinas: o primeiro domingo, 5 de novembro, terá redação, linguagens e ciências humanas; o segundo, 12 de novembro, ciências da natureza e matemática.
A mudança influencia na rotina dos candidatos sabatistas, que antes ficavam confinados em salas nos locais de prova até o pôr-do-sol, quando começavam a realizar o exame. Agora, o Inep não precisará mais se preocupar com essa logística.
Outra modificação relevante é que, a partir de 2017, o Enem perde sua validade como diploma de conclusão do Ensino Médio, algo que deve refletir diretamente no número de candidatos inscritos para a prova.
Pela primeira vez, os cadernos de prova serão personalizados, levando o nome do candidato e o número de inscrição impressos. Ademais, o ranking de escolas, divulgado pelo MEC e baseado no Enem, será extinto. Segundo o Ministro da Educação, Mendonça Filho, o ranking das escolas era utilizado como propaganda e não é missão do Estado brasileiro estabelecer tal desserviço.
Para debater as mudanças, a Rádio USP conversou com o Professor Marcos Garcia Neira, da Faculdade de Educação (FE) da USP. Ouça acima o áudio da entrevista.