Dia das Mulheres na Matemática homenageia medalhista Fields

Data ajuda a promover criação de um ambiente de inclusão para garotas que querem ser matemáticas

 10/05/2019 - Publicado há 5 anos

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Motivar e encorajar mais estudantes do gênero feminino a pesquisar ou dar continuidade às suas pesquisas na área de matemática. Essa é uma das motivações da exposição Remember Maryam Mirzakhani, uma homenagem à única mulher a ganhar a Medalha Fields, a maior honraria da Matemática. A exposição acontece no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, até o final deste mês. Exibida pela primeira vez durante o Encontro Mundial para Mulheres em Matemática, no ano passado no Rio de Janeiro, a exposição nunca havia sido apresentada em São Carlos. E, no próximo domingo, dia 12, será comemorado pela primeira vez na história o Dia das Mulheres na Matemática, data escolhida por ser o dia do nascimento de Maryam. O Jornal da USP no Ar conversou com a organizadora da exposição, professora Thaís Jordão, do ICMC.

Maryam Mirzakhani – Foto: Amanda Phingbodhipakkiya via Wikimedia Commons / CC BY-SA 4.0

Os trabalhos de Maryam Mirzakhani na área de sistemas dinâmicos foram de grande impacto, expõe a professora Thaís. “Principalmente, pela diversidade de ferramentas que ela utilizou para resolver problemas”, explica. A professora também enfatiza a importância de Maryam para a luta das mulheres nas ciências exatas. O reconhecimento por parte da comunidade matemática, sem dúvida, foi uma grande conquista. No entanto, o poder de estimular outras mulheres a seguirem nas ciências exatas foi uma conquista ainda maior. Thaís lembra que o desejo de Maryam, após receber a honraria, era ser “a primeira de muitas outras mulheres a receber esse tipo de prêmio”.

O dia 12 de maio foi uma proposta feita pelo Comitê de Mulheres da Sociedade Iraniana de Matemática, durante o Encontro Mundial para Mulheres em Matemática. Para a professora do ICMC, a data tem o objetivo de celebrar o que foi conquistado e valorizar as novas conquistas, além de promover a criação de um ambiente de inclusão para garotas que querem ser matemáticas.

A exposição conta com 18 peças ao todo. “Cada uma traz um pequeno take da vida de Maryam, do ponto de vista pessoal e profissional, envolvendo a família e o trabalho”, discorre Thaís, que continua: “São peças criadas para desconstruir a imagem da Maryam superstar criada pela grande mídia e mostrar para o público que nem todas seremos medalhistas Fields, mas que todas nós podemos.”

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