O Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ) é uma doença autoimune presente no mundo todo, caracterizada por uma inflamação que pode afetar o corpo inteiro. Sua manifestação pode variar de acordo com o paciente, atingindo qualquer órgão, como pele, coração, pulmões etc. O Instituto da Criança (ICr) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM) da USP lidera um grupo de pesquisa sobre a doença. O Jornal da USP no Ar conversou com o professor Clovis Artur Almeida da Silva, chefe da Unidade de Reumatologia do ICr, sobre o projeto.
“Em 2014, começamos um grupo brasileiro para estudar dados retrospectivos sobre a LESJ”, conta Almeida da Silva, e segue: “Caracterizamos várias questões do ponto de vista clínico e laboratorial”. O Lúpus Juvenil é uma doença multissistêmica que envolve questões genéticas e ambientais, explica o professor. Entre 2020 e 2030, o ICr irá aprofundar as avaliações de questões clínicas, laboratoriais (como autoanticorpos e lípides) e genéticas, além de estudar os aspectos ambientais (como poluição atmosférica, vírus). O projeto irá tratar de 400 pacientes recém-diagnosticados com LESJ.
Almeida da Silva conta que a doença é predominante no sexo feminino, na proporção de oito meninas para cada menino. Febre, perda de peso e falta de apetite são sintomas que podem indicar LESJ. A doença pode se manifestar de forma leve, moderada ou intensa. O professor esclarece que hoje, com o avanço da tecnologia e o tratamento adequado, os pacientes com Lúpus Eritematoso conseguem manter sua vida social normalmente.
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