A Faculdade de Direito (FD) de São Paulo é criada em 11 de agosto por lei do imperador Dom Pedro I, data em que consta a criação dos cursos jurídicos no Brasil, em São Paulo e Olinda. A primeira turma a se formar são seis estudantes brasileiros que pediram transferência de Coimbra (Portugal) e concluíram seus estudos em 1831.
O Convento de São Francisco, um edifício do século XVI, no centro da cidade de São Paulo, abrigou a faculdade até os anos 1930. A construção foi demolida para dar lugar ao prédio atual.
São Paulo é o primeiro Estado republicano a criar uma instituição de ensino superior: a Escola Politécnica (Poli).
A terceira escola de Engenharia do País oferece cursos de Engenharia Industrial, Engenharia Agrícola e Engenharia Civil e o curso anexo de Artes Mecânicas.
Francisco de Paula Souza é o fundador e primeiro diretor da Poli. As primeiras instalações da escola hoje abrigam o Arquivo Histórico Municipal e o Centro Paula Souza, em frente à Praça Coronel Fernando Prestes, no bairro Bom Retiro, na cidade de São Paulo.
Fundação da Escola Livre de Farmácia de São Paulo cria o primeiro curso do Estado paulista. Em 1900, inicia a cátedra de Prótese Dentária; já em 1902, o nome muda para Escola de Farmácia, Artes Dentárias e Partos.
Em 1905, torna-se Escola de Farmácia, Odontologia e Obstetrícia de São Paulo. Em 1912, mais uma mudança: Escola de Farmácia e Odontologia de São Paulo. Em 1924, a designação de escola é substituída por faculdade.
Em 1934, é integrada à USP e, em 1969, passa a se chamar Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF).
A Escola Agrícola Prática de Piracicaba nasce do sonho do agrônomo e proprietário de terras Luiz Vicente de Souza Queiroz. Em 1892, ele doa a fazenda São João da Montanha ao governo do Estado de São Paulo para criação de uma escola agrícola, em Piracicaba.
Mas Queiroz não vê a concretização da escola, morre em 1898. Em 1931, a escola agrícola passa a se chamar pelo nome atual: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq). Os restos mortais de Luiz de Queiroz e da esposa Ermelinda Ottoni de Souza Queiroz estão em um mausoléu em frente ao edifício central da Esalq.
O primeiro projeto de criação de uma Faculdade de Medicina em São Paulo é assinado em 1891, mas só 21 anos depois é publicada a lei estadual nº 1.357 que cria a Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo. A direção da faculdade fica com o médico Arnaldo Vieira de Carvalho.
A estrutura do curso propõe aulas teóricas com práticas de laboratório e conta com o apoio da Fundação Rockefeller (instituição filantrópica dos Estados Unidos) para a construção de suas instalações físicas, como o prédio que atualmente abriga a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). A mudança de nome ocorreu em 1934, quando a faculdade foi integrada à USP.
Fundação do Laboratório de Higiene e Saúde Preventiva. Desde 1916, a Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo busca apoio da Fundação Rockefeller para estabelecer duas cátedras: Higiene e Patologia.
Desse acordo resulta a criação do laboratório que, em 1930, é transformado no Instituto de Higiene e ganha um edifício próprio.
Quando a USP é criada, em 1934, o Instituto de Higiene foi transformado na Escola de Higiene e Saúde Pública. Em 1938, a escola começa a oferecer cursos para médicos sanitaristas. A partir de 1969, passa a se chamar Faculdade de Saúde Pública (FSP).
Criação do Instituto de Veterinária subordinado à Secretaria de Agricultura do Estado. Sua função é desenvolver pesquisas para a prevenção de zoonoses e dar apoio ao agronegócio.
Em 1928, recebe o nome de Escola de Medicina Veterinária de São Paulo. Em 1934 é integrada à USP e passa a ser denominada como Faculdade de Medicina Veterinária.
Em 1957, a fazenda da antiga Escola Prática de Agricultura de Pirassununga – atual campus da USP – é incorporada à faculdade. Em 1969, passa a ser denominada Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ).
Um grupo de profissionais de saúde, intelectuais e educadores funda a Faculdade de Farmácia e Odontologia de Ribeirão Preto.
Quatro anos depois, em 1928, forma-se a primeira turma de farmacêuticos e cirurgiões-dentistas. Até 1958, a faculdade é administrada pela Associação de Ensino de Ribeirão Preto.
Em 1975, a faculdade é incorporada à USP e, em 1983, é desmembrada em duas: Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) e Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP).
Em 11 de abril, o decreto nº 19.851, conhecido como Estatuto das Universidades Brasileiras, estabelece os requisitos para se criarem universidades no País e as normas para seu funcionamento.
No dia 25 de janeiro, o interventor federal do Estado de São Paulo, Armando de Salles Oliveira, assina o decreto nº 6.283 que cria a Universidade de São Paulo (USP) com os seguintes fins:
a) promover, pela pesquisa, o progresso da ciência;
b) transmitir, pelo ensino, conhecimentos que enriqueçam ou desenvolvam o espírito, ou sejam úteis à vida;
c) formar especialistas em todos os ramos de cultura, e técnicos e profissionais em todas as profissões de base científica ou artística;
d) realizar a obra social de vulgarização das ciências, das letras e das artes, por meio de cursos sintéticos, conferências, palestras, difusão pelo rádio, filmes científicos e congêneres.
A USP se constitui dos seguintes institutos:
a) Faculdade de Direito;
b) Faculdade de Medicina;
c) Faculdade de Farmácia e Odontologia;
d) Escola Politécnica;
e) Instituto de Educação;
f) Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras;
g) Instituto de Ciências Econômicas e Comerciais*;
h) Escola de Medicina Veterinária;
i) Escola Superior de Agricultura;
j) Escola de Belas Artes*.
*A criação do instituto só se concretiza com a instalação da Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas, em 1946. A Escola de Belas Artes é substituída pela Escola de Comunicações Culturais, criada em 1966 e que, em 1969, passa a se chamar Escola de Comunicação e Artes.
USP é fundada a partir da reunião de instituições existentes mais a criação de uma nova: a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL). A formação do corpo docente da FFCL é de europeus, principalmente da França, Itália e Alemanha.
A faculdade divide-se em três seções: Filosofia (Filosofia, Filosofia da Ciência, Psicologia), Ciências (Ciências Matemáticas, Físicas, Químicas e Naturais; História e Geografia; Ciências Sociais e Políticas) e Letras (Linguística, Filologia Comparada e Portuguesa, Literatura Luso-brasileira, Língua e Literatura Grega, Latina, Francesa, Inglesa, e Alemã, Técnica e Crítica Literária).
Com a Reforma Universitária de 1969/1970, cursos saem da FFCL e constituem-se novos institutos/faculdades/escolas. Em 1969, a FFCL passa a ser Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).
A Escola de Enfermagem (EE) é criada pelo decreto estadual nº 13.040, de 31 de outubro, anexa à Faculdade de Medicina da USP.
A aula inaugural em 1943 ocorre em uma das salas do Hospital das Clínicas, em São Paulo, ainda não inaugurado.
Somente em 1947 ocorre a inauguração do prédio da EE. A primeira turma se forma em 1946, com 38 alunas que viviam em regime de internato, extinto em 1973.
A Escola de Enfermagem foi desanexada da Faculdade de Medicina em 1962.
A USP cria a Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas (FCEA) com dois cursos iniciais: Ciências Econômicas e Ciências Contábeis e Atuariais.
Uma reforma estrutural interna, em 1964, reorganiza a faculdade em Ciências Econômicas, Ciências Contábeis, Ciências Atuariais, Administração de Empresas e Administração Pública.
Em 1969, o nome muda de FCEA para Faculdade de Economia e Administração (FEA) e surge a divisão dos departamentos em Economia, Administração e Contabilidade.
O Instituto Astronômico e Geofísico do Estado de São Paulo é incorporado à USP.
As observações meteorológicas regulares na capital começam em 1886 com a criação da Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo. Ao longo dos anos, foram várias reorganizações administrativas.
Em 1931, é criado o Instituto Astronômico e Geográfico, que se torna um instituto complementar da USP em 1934. No ano seguinte, ele é extinto e suas atividades passam para o governo do Estado, com o restabelecimento do Instituto Astronômico e Geofísico, criado em 1930.
Em 1932, o Parque do Estado, na capital paulista, recebe uma estação meteorológica e um observatório astronômico, em 1941. Um novo observatório é inaugurado, em 1972, na cidade de Valinhos. Em 2001, o instituto passa a se chamar Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG).
Em 31 dezembro, é publicado o decreto estadual nº 16.685 que cria o Instituto Paulista de Oceanografia (IPO).
A sede é no Parque Água Branca, na cidade de São Paulo, e seus idealizadores apontam para a necessidade de uma instituição que forneça bases científicas à pesca e à exploração de recursos disponíveis ao longo do litoral paulista.
Em 1951, o instituto é incorporado à USP como unidade de pesquisa, assumindo o nome de Instituto Oceanográfico (IO).
Em 1972, é transformado em unidade universitária, passando a oferecer cursos de pós-graduação em nível de mestrado nas áreas de Oceanografia Biológica e Oceanografia Física.
O bacharelado em Oceanografia foi aprovado pelo Conselho Universitário da USP em 2001, com a primeira turma de alunos ingressando em 2002.
A Assembleia Legislativa de São Paulo aprova a Lei n° 161 que cria estabelecimentos de ensino superior em cidades do interior paulista subordinados à USP.
Estavam previstas: Escola de Engenharia, em São Carlos; Faculdades de Farmácia e Odontologia, em Bauru e Taubaté; Faculdade de Medicina, em Ribeirão Preto; Faculdade de Direito, em Campinas; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, em Limeira.
Mas, efetivamente, ficam ligadas à USP a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), a Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP).
A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) é criada pela USP a partir do antigo curso de Engenheiro-Arquiteto da Escola Politécnica. Luiz Ignácio de Anhaia Mello é seu fundador e primeiro diretor.
As reformas curriculares de 1962 e 1968 consolidam a formação única do arquiteto e urbanista e introduzem disciplinas de Comunicação visual, de Desenho industrial e de Paisagismo.
Em 1969, a FAU se instala no atual prédio projetado pelo professor João Batista Vilanova Artigas e o arquiteto Carlos Cascaldi. Em 1982, o edifício é tombado pelo Condephaat.
Primeira aula da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) ocorre no prédio que hoje abriga o Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC), no centro da cidade.
Em 1952, a prefeitura cede à USP o local ocupado pelo Posto Zootécnico, fundado em 1905. Em 1954, começa a ser construído o edifício E1, do atual campus 1 da USP em São Carlos.
Em 1956, mesmo sem estar pronto, o prédio passa a ser utilizado por alunos e professores da EESC.
As primeiras aulas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) começam em uma sede provisória no centro de Ribeirão Preto. Logo em seguida, são transferidas para a fazenda Monte Alegre, estrutura da antiga Escola de Agricultura, que hoje abriga o campus da USP em Ribeirão Preto.
A FMRP é criada a partir da Lei nº 1.467, de 26 de dezembro de 1951, que indica a responsabilidade da USP em construir um edifício para o ensino médico.
Em 1956, é inaugurado o Hospital das Clínicas da FMRP.
Início das atividades da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP). Quando o governo de São Paulo criou a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, já estava estabelecido no decreto a fundação de uma escola de enfermagem anexa.
A escola seria indispensável para o funcionamento do futuro Hospital das Clínicas. Em 1964, a EERP foi desanexada da Faculdade de Medicina, adquirindo sua autonomia didático-administrativa.
O Centro Regional de Pesquisas Educacionais de São Paulo Professor Queiroz Filho (CRPE-SP) cria uma classe experimental de 1º ano primário, e a partir dessa classe surge a Escola Experimental para oferecer cursos de aperfeiçoamento para professores.
Em 1962, a Escola Experimental é denominada Escola de Demonstração. Em 1973, o CRPE é incorporado à Faculdade de Educação (FE) da USP e a Escola de Demonstração se torna Escola de Aplicação.
Em 1985, a escola implanta o curso de 2° grau – atual ensino médio. Em 2006, implementa a primeira turma de alunos do ensino fundamental de 9 anos.
Separação dos cursos farmacêutico e odontológico na USP e a instalação de duas faculdades independentes: Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e Faculdade de Odontologia (FO).
A FO considera sua data de criação o ano de 1900, quando é criada a cátedra de Prótese Dentária, na antiga Escola Livre de Farmácia de São Paulo.
Aula inaugural da primeira turma da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB), composta de 10 alunos.
O campus da USP em Bauru é criado no mesmo ano para abrigar a FO, que tinha sua criação prevista em lei estadual desde 1948.
Em 1983, o ensino da graduação é ampliado, com a criação do curso de Fonoaudiologia, mas a aula inaugural ocorre só em 1990.
Em 2017, é aprovada a criação do curso de Medicina, na FOB, que recebe a primeira turma em 2018.
Início das aulas na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), criada pelo governo estadual a partir de uma lei de 1959.
Em 1963, é autorizado o funcionamento dos cursos de Biologia, Física, Psicologia e Química. Mas o de Física não é instalado, no seu lugar entra Licenciatura em Ciências, que funciona entre 1966 e 1976.
Em 1974, a FFCLRP é incorporada à USP. Em 2010, é aprovada a incorporação à FFCLRP do Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes (ECA).
Publicado o decreto estadual n° 46.419, que cria a Escola de Comunicações Culturais e autoriza a incorporação da Escola de Arte Dramática de São Paulo à USP.
Inicialmente, os cursos são de Jornalismo, Rádio e Televisão, Arte Dramática, Cinema, Biblioteconomia, Documentação e Relações Públicas.
Em 1969, passa a oferecer formação em Artes e muda o seu nome para Escola de Comunicações e Artes (ECA).
Aprovada a lei federal nº 5.540, de 28 de novembro, que fixa normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, conhecida como Reforma Universitária.
Entre as medidas está o fim das cátedras no ensino superior. No antigo sistema, o titular da cátedra é a autoridade suprema e vitalícia de uma disciplina na universidade. Em seu lugar surge a organização dos docentes em departamentos, nos quais vários professores podem estar no mesmo patamar da carreira simultaneamente.
Na USP, a reforma significa, sobretudo, a reestruturação de faculdades, departamentos e cursos, surgindo novas unidades de ensino e pesquisa.
A Escola Superior de Educação Física do Estado de São Paulo foi criada pelo Estado de São Paulo em 1931 para a formação de professores de educação física e a especialização de médicos, mas só começa a funcionar em 1934. Ela é considerada a primeira instituição civil do País nesta área, já que as outras eram ligadas a atividades militares.
As aulas práticas ocorriam na Escola de Educação Física da Polícia Militar, Associação Atlética São Paulo, Parque da Água Branca, Clube de Regatas Tietê e Esporte Clube Pinheiros.
Em 1969, ela é incorporada à USP e passa a se chamar Escola de Educação Física e Esporte (EEFE).
A partir da Reforma Universitária, é criado o Instituto de Biociências (IB).
Sua formação decorre da reunião de quatro departamentos estabelecidos durante a criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da USP, em 1934.
Os departamentos eram Biologia, Botânica, Fisiologia e Zoologia. Além dos professores, alunos e funcionários desses departamentos, o IB recebeu docentes de disciplinas afins de outras faculdades, especialmente os botânicos da antiga Faculdade de Farmácia e Odontologia.
Em 1976, foi criado o Departamento de Ecologia Geral.
O Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) também é criado a partir da Reforma Universitária, unificando a maioria dos departamentos básicos das unidades da USP na área de saúde.
O instituto se dedica ao ensino e pesquisa em áreas fundamentais da saúde, como Anatomia, Farmacologia, Fisiologia e Biofísica, Histologia e Embriologia, Imunologia, Microbiologia e Parasitologia.
Com a Reforma Administrativa, a USP cria o Instituto de Geociências e Astronomia, mas o ensino das Geociências se inicia com o curso de Ciências Naturais da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da USP, em 1934. Três anos depois, são criados os Departamentos de Geologia e Paleontologia e de Mineralogia e Petrologia.
Em 1957, o curso de Geologia é instituído. Em 1972, o Instituto de Geociências e Astronomia passa a ser denominado Instituto de Geociências (IGc), com a transferência das áreas de Astronomia e Geofísica para o Instituto Astronômico e Geofísico, atual Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG).
Fundada com a Reforma Universitária, a Faculdade de Educação (FE) tem sua origem ligada ao Instituto de Educação, criado pelo governo de São Paulo, em 1933, para a formação em nível universitário de professores primários e secundários, além de pesquisas na área.
No ano seguinte, com o início das atividades da USP, o instituto é incorporado à Universidade. Mas, em 1938, é extinto e transformado na Seção de Pedagogia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) e, posteriormente, no Departamento de Educação.
É a partir desse departamento que surgirá a Faculdade de Educação.
Início das atividades do Instituto de Psicologia (IP) criado pelo decreto estadual 52.326, de 16 de dezembro de 1969, que aprova a reestruturação da USP, instituindo novas unidades universitárias, a partir do desdobramento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL).
A história da Psicologia começa com a fundação da USP, em 1934, e a fundação da FFCL, na qual é incluída a cátedra de Psicologia, que se encarrega das disciplinas complementares dos cursos de Filosofia e Ciências Sociais. Em 1957, é criado um curso de graduação em Psicologia, que teve suas primeiras aulas no ano seguinte.
Em 1968, a cátedra de Psicologia passa a se chamar Departamento de Psicologia Social e Experimental.
O Instituto de Matemática e Estatística (IME) também é resultado da Reforma Universitária e se forma com a reunião de docentes de Matemática, Estatística e Ciência da Computação de várias unidades da USP.
Esses docentes, até então, lecionavam na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), na Escola Politécnica, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, na antiga Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas, na Faculdade de Higiene e Saúde Pública e no antigo Instituto de Pesquisas Matemáticas.
No início, o IME oferece os cursos de Matemática, Licenciatura em Matemática (para formar professores de 1º e 2º graus – atual ensino fundamental e médio), Matemática Aplicada, Estatística e Ciência da Computação. Hoje, há também Matemática Aplicada e Computacional.
O Instituto de Física (IF) é criado a partir da Reforma Universitária com a missão de ministrar o ensino a todos os alunos das demais faculdades da Universidade que têm Física no currículo, além de realizar pesquisas e extensão.
Mas sua origem remonta à criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), fundada junto com a USP em 1934. A faculdade possuía três seções: Filosofia; Ciências (com as subseções de ciências matemáticas, físicas, químicas, naturais, geografia e história, ciências sociais e políticas) e Letras.
Para comandar a cátedra de Física Geral e Experimental da FFCL, foi convidado o físico russo-italiano Gleb Wataghin, da Universidade de Turim. A primeira turma se formou em 1936, com alunos como Marcello Damy de Souza Santos e Mario Schenberg.
O Instituto de Química se constitui formalmente a partir da Reforma Universitária com dois departamentos: o de Química Fundamental e o de Bioquímica. Antes de 1970, Química e Bioquímica eram disciplinas dispersas em várias faculdades e escolas da USP.
Na época, a associação de químicos e bioquímicos no IQ contrariou a tendência brasileira e mesmo internacional de alocar departamentos de Bioquímica em institutos de vocação biológica.
A história da Química na USP, assim como de outras áreas, começa com a criação da Universidade e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), em 1934. O alemão Heinrich Rheinboldt, da Universidade de Bonn, comandou a cátedra de Química nos anos iniciais da FFCL.
O Instituto do Química de São Carlos (IQSC) inicia suas atividades após a Reforma Universitária. Sua origem, porém, remonta ao início da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).
A escola mantinha um núcleo fundamental com disciplinas de química, matemática, física e mecânica geral. A partir do Departamento de Física e Ciência dos Materiais e o Departamento de Física e Química Molecular, se forma o Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC).
Em 1994, o IFQSC se divide, resultando na criação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e do IQSC.
A Reforma Universitária permite a criação do Instituto de Ciências Matemáticas de São Carlos (ICMSC).
Ele é formado a partir da junção dos Departamentos de Ciências de Computação e Estatística da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).
Em 1996, foi iniciado o processo de solicitação de inclusão do termo “Computação” no nome do instituto.
A partir de 1998, o nome ficou Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC).
Criação do campus da USP em Ribeirão Preto.
A Faculdade de Odontologia e Farmácia de Ribeirão Preto, criada em 1924, é incorporada à USP.
Os campi da USP passam a ser administrados por prefeitos a partir da criação de prefeituras administrativas.
Criação oficial do campus da USP em Pirassununga para abrigar a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA), que seria fundada em 1992.
O local é o mesmo onde funcionava a Escola Prática de Agricultura de Pirassununga, fundada em 1942.
Criada a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP em Pirassununga. Mas sua história começa em 1942, quando o Estado de São Paulo funda dez Escolas Práticas de Agricultura para aperfeiçoamento dos processos da industrialização agrícola.
A escola de Pirassununga começa a funcionar em 1945 e é fechada em 1956. No ano seguinte, o governador Jânio Quadros entrega o espaço para a Faculdade de Medicina Veterinária da USP – atual FMVZ, que cria o Instituto de Zootecnia e Indústrias Pecuárias (Izip), como um anexo da instituição.
Em 1978, começa o curso de Zootecnia com parte das aulas na capital e parte em Pirassununga; o novo curso se instala completamente no interior em 1982.
Com a criação da FZEA, ela assume o curso de Zootecnia em 1993 e, em 2000, oferece também Engenharia de Alimentos. Medicina Veterinária e Engenharia de Biossistemas viriam em 2009.
É fundada a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP), como uma extensão da FEA em São Paulo. A FEA-RP conquista sua autonomia em 2002.
Com a desvinculação, a FEA-RP cria os cursos diurnos de Administração e Economia Empresarial e Controladoria, antes oferecidos apenas no período noturno.
A autonomia permite à FEA-RP participar de cursos de outras unidades da USP em Ribeirão Preto, como o de Ciências da Informação e da Documentação (CID) e o de Matemática Aplicada a Negócios (MAN), ambos de responsabilidade da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP).
Criação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) a partir do desmembramento do Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC).
O IFQSC inicia suas atividades após a Reforma Universitária, em 1971, mas antes configurava como um dos departamentos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), fundada em 1953.
É fundado o Instituto de Relações Internacionais (IRI), em São Paulo, para abrigar o bacharelado em Relações Internacionais.
O curso existia desde 2002 com a participação da Faculdade de Direito (FD), da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA).
Ele era vinculado à Pró-Reitoria de Graduação e sediado na FEA. Em 2012, parte do IRI é instalada em sede própria.
USP inaugura mais um campus na cidade de São Paulo para abrigar a recém-criada Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), que passa a oferecer 11 cursos diferentes daqueles já existentes na Universidade.
São eles: Biotecnologia, Ciências da Natureza, Educação Física e Saúde, Gerontologia, Gestão Ambiental, Gestão de Políticas Públicas, Lazer e Turismo, Marketing, Obstetrícia, Sistemas de Informação e Têxtil e Moda.
Com unidades na zona oeste e centro de São Paulo, a USP escolhe a zona leste, uma região com 4 milhões de habitantes, para ampliar o acesso da população à Universidade.
Criação da Escola de Engenharia de Lorena (EEL) com a incorporação à USP da Faculdade de Engenharia Química de Lorena (Faenquil). Suas instalações passaram a abrigar o campus da USP em Lorena.
A faculdade, com 37 anos de atuação, era uma autarquia vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia de Desenvolvimento Econômico (SDE) do Estado de São Paulo.
Ela oferecia cursos de Engenharia em Bioquímica, Materiais, Química e Industrial Química. Incorporados à EEL, em 2012, mais opções passam a ser oferecidas em Engenharia: Ambiental, Física e de Produção.
O Conselho Universitário da USP aprova a criação da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP), que recebe sua primeira turma no ano seguinte.
A Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP) inicia suas atividades com a primeira turma de estudantes. Sua criação é aprovada pelo Conselho Universitário da USP em 2007.
O Conselho Universitário da USP aprova a criação do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) em São Carlos. Sua fundação ocorre a partir do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).