Aplicativos da USP facilitam o dia a dia dentro e fora da Universidade

Do celular, dá para descobrir o cardápio do Bandejão, os livros disponíveis na biblioteca e até chamar a Guarda em situações de perigo

3/12/2019

Por Aline Naoe

Quase 85 mil pessoas carregam em seus celulares o cardápio diário dos restaurantes universitários da USP, os famosos Bandejões. Esse é o número de downloads do aplicativo que surgiu para tornar mais fácil, principalmente para os estudantes, saber se terá estrogonofe ou peixe e, se não for do agrado, partir para uma segunda opção.

O Cardápio USP foi o primeiro aplicativo da Universidade, criado em 2011. Hoje, a Superintendência de Tecnologia da Informação (STI), que coordena essa área, tem mais sete aplicativos e outros quatro em desenvolvimento – entre eles, uma carteirinha de vacinação digital voltada aos usuários do SUS no Estado de São Paulo.

Se você nunca ouviu falar nos aplicativos da USP, já usa e está interessado nos que estão por vir, quer entender como e por que eles são criados ou até tem uma ideia de app, reunimos aqui cinco questões sobre essa área inovadora da Universidade:

Quais os apps oficiais da USP e como faço para baixar?

Cardápio USP

Além de poder consultar o menu do dia, o usuário também pode ver o saldo do RUCard e gerar um boleto para colocar créditos, caso não queira pegar fila nos pontos de venda.

e-Card
USP

A carteirinha digital pode ser usada para entrar nos Bandejões e nas bibliotecas. Também libera a entrada caso a catraca utilize o sistema Hórus, criado pela USP.

Bibliotecas USP

Se você estiver em uma livraria e quiser saber se determinado livro está disponível em alguma biblioteca da USP, é só usar o app para ler o código de barras e verificar. Dá para buscar itens no acervo, renovar empréstimos e realizar diversos tipos de consulta.

Campus
USP

Pessoas com número USP podem usar o aplicativo para comunicar ocorrências à Guarda Universitária, como furtos e problemas de iluminação. É possível também ativar um sistema de alerta que avisa a Guarda em uma situação crítica se você agitar o celular.

Jornal da USP

Pesquisas científicas, eventos culturais, análises de especialistas, novidades sobre a Universidade: o Jornal da USP reúne informação variada e confiável. Pelo aplicativo você acessa as notícias e pode ouvir a Rádio USP São Paulo e Ribeirão Preto.

Guia
USP

Em São Paulo, a USP é uma cidade dentro da cidade. São dezenas de unidades, além de restaurantes, bibliotecas e bancos, e é fácil se perder. Com o Guia USP, é possível fazer rotas até os locais de interesse, consultar telefones, e checar onde estão os circulares.

Entreartes

Se o aluno participar de uma atividade - exposição, palestra ou concerto, por exemplo - que integre o programa Entreartes, ele pode ler o QR Code no local do evento e ganhar pontos. Eles valem brindes e podem ser trocados por carga horária de atividades complementares.

Disque-Trote USP

O trote é proibido na USP. O objetivo do app é facilitar as denúncias - permite ligação convencional de forma gratuita ou envio de texto, imagens e áudios.

E quais serão os próximos aplicativos da USP?

Museu

na palma da mão

Em 2020, quem for ao Museu de Arte Contemporânea (MAC), em São Paulo, ou ao Museu Republicano de Itu poderá ter uma experiência diferente. Pelo aplicativo, o visitante terá acesso a sugestões de roteiro - ou fazer o seu próprio -, saber a localização das obras e ouvir a descrição em áudio delas ao ler o QR Code. A ideia, posteriormente, é estender o serviço aos demais museus da USP.

Carteirinha de

vacina digital

Em parceria com a equipe do Centro de Tecnologia da Informação de São Carlos da USP, está em desenvolvimento um aplicativo que registra as vacinas tomadas pelo usuário no Sistema Único de Saúde (SUS). Muitas pessoas perdem os documentos em papel que comprovam a imunização e, por segurança, acabam até mesmo tomando uma mesma vacina duas vezes, sem necessidade.

Serviço para

pós-graduandos

Estudantes de pós-graduação devem estar atentos a diversas datas e compromissos. Para orientá-los e evitar a perda de prazos, será lançado no próximo ano um app no qual o aluno se informa sobre as datas importantes do seu programa e recebe avisos para lembrá-lo sobre entrega de tese, defesa, matrícula e cancelamento de disciplinas, por exemplo.

Cursos

a distância

Ainda em fase de estudo e definições, o aplicativo será voltado aos cursos de extensão a distância oferecidos pela USP, como MBAs. A ideia é facilitar e estimular a interação dos estudantes no ambiente EAD.

Por que instalar um app se eu posso acessar as informações pelo meu browser?

Embora várias informações da USP, de fato, estejam disponíveis pela internet - seja no celular ou no computador -, são necessários alguns passos até encontrá-las: fazer uma busca, logar e até acessar mais de um site, por exemplo. A ideia dos aplicativos é

reunir as informações de forma mais rápida e prática para o usuário.

O acesso por aplicativos móveis tem também funcionalidades exclusivas.

Pelo computador, não é possível escanear um QR Code nem conferir o código de barras de um livro, como é feito pelo aplicativo de Bibliotecas. No caso do aplicativo de segurança da USP, é a localização que permite à Guarda Universitária socorrer uma pessoa em caso de emergência.

Quem desenvolve os aplicativos?

Na Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da USP, há uma equipe de cinco pessoas dedicadas ao desenvolvimento e manutenção dos aplicativos da USP, trabalhando sob a coordenação do professor Jun Okamoto Jr., da Escola Politécnica (Poli) da USP.

Mas elas não trabalham sozinhas:

a criação de um app envolve, além da programação, as pessoas que identificaram a demanda e solicitaram o serviço e os sistemas que alimentam as informações disponibilizadas pelo celular. Esses sistemas são administrados por funcionários de diferentes órgãos da Universidade.

No caso do Cardápio USP, não bastava criar um aplicativo. O menu dos restaurantes de São Paulo ficava registrado no sistema da Superintendência de Assistência Social, e os demais ainda não tinham um sistema para esse tipo de registro. Por isso, toda uma estrutura precisou ser criada para que o aplicativo se tornasse realidade. O Campus USP, por outro lado, exigiu o treinamento da equipe da Guarda Universitária e das prefeituras dos campi, além de muitos e muitos testes.

A STI não está apenas em São Paulo. Em alguns campi do interior, há centros de TI que atendem demandas locais, mas também desenvolvem aplicativos e outros serviços em parceria com a superintendência.

O e-Card, por exemplo, foi desenvolvido por profissionais do Centro de Tecnologia da Informação Luiz de Queiroz (CeTI-LQ), de Piracicaba.

Além dos programadores é importante lembrar também da figura do designer. Não basta que um programa rode perfeitamente no celular se ele não tiver uma interface amigável para o usuário.

É preciso que um profissional pense em como será a navegação, os links, cores, etc., para garantir que o aplicativo atinja seu propósito.

A organização e a integração de todas as equipes para atender às demandas definidas pelas áreas fins são de responsabilidade do superintendente da STI, João Eduardo Ferreira, professor do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP.

E se eu quiser criar um aplicativo?

Todos os aplicativos criados na USP procuram abranger o máximo de pessoas. Ou seja, têm um enfoque na instituição como um todo e não em demandas locais.

Os pedidos de desenvolvimento de apps vêm, em geral, de órgãos como pró-reitorias ou superintendências, mas qualquer pessoa pode sugerir uma nova aplicação ou até mesmo a incorporação de um aplicativo entre os oficiais da USP.

Para isso, é preciso que ele seja de interesse da comunidade universitária e respeite os padrões de desenvolvimento da Universidade.

Para falar com a STI, envie um e-mail para sti@usp.br.

Fontes consultadas:
Superintendência de Tecnologia da Informação
João Eduardo Ferreira - superintendente
Jun Okamoto Junior - assistente