Qual o lugar do Brasil na nova geopolítica global? Evento na USP discute o tema

Evento promovido pelo Instituto de Estudos Avançados da USP terá participação de especialistas da área de relações internacionais da USP e da Fundação Getúlio Vargas; haverá transmissão on-line nesta quarta, dia 2 de outubro

 Publicado: 30/09/2024 às 18:12
Bandeira do Brasil ao vento e uma mão aberta na frente dela
Evento debate lugar do País na nova geopolítica mundial – Foto: George Campos/USP Imagens

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O Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP realizará no dia 2 de outubro, às 14 horas, o evento A Nova Geopolítica Global e o Lugar do Brasil, promovido pelo Grupo de Pesquisa Economia Política Internacional, Variedades de Democracia e Descarbonização. A ideia é debater questões como: Qual é o lugar do Brasil nessa nova economia e geopolítica global? Quais são suas vantagens e vulnerabilidades? De que maneira o Brasil pode aproveitar a descarbonização da economia global para melhorar sua posição no mundo? A participação é aberta ao público e gratuita, sem necessidade de inscrição. Basta comparecer à Sala Alfredo Bosi, na Rua Praça do Relógio, 109, na Cidade Univesitária, em São Paulo. Haverá transmissão ao vivo pelo site do IEA neste link.

O evento leva em conta a ideia de que as democracias ocidentais enfrentam um processo de decadência, iniciado com a crise econômica de 2008, e que o futuro pertence a um novo sistema de governança, em meio a transformações profundas no cenário internacional desde 2014, marcadas pela anexação da Crimeia pela Rússia e pela mudança da China em relação à sua política de ascensão pacífica. Além disso, a discussão também vai abordar por que o Brasil não está explorando as oportunidades de near-shoring (transferência de serviços para países vizinhos para reduzir custos e melhorar logística) e friend-shoring (transferência de operações para países aliados ou com relações amigáveis, buscando segurança e estabilidade).

O painel contará com as contribuições de Cristiane Lucena Carneiro, do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP, Matias Spektor, Oliver Stuenkel, ambos do curso de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RI), e Eduardo Viola, do FGV-RI e do IEA, com moderação de Lourdes Sola, também do IEA.

Variedade de democracia

Em desenvolvimento no IEA desde agosto de 2020, o grupo Economia Política Internacional, Variedades de Democracia e Descarbonização tem origem a partir do projeto de pesquisa O Brasil como uma Variedade de Democracia de Mercado Emergente: Entre a Agenda da Globalização e a Agenda Democrática. O objetivo principal do projeto de pesquisa é desenvolver uma análise política das respostas do Brasil à globalização, buscando situar e interpretar as opções de políticas públicas do País. Ele integra projeto do Comitê de Pesquisa em Economia Política Internacional da Associação Internacional de Ciência Política (Ipsa, na sigla em inglês) dedicado ao estudo comparativo de democracias de mercado emergente.

As políticas econômicas e climatico-ambientais implementadas desde o final dos anos 90 são alguns dos pontos de atenção especial do grupo. A ideia é observar conjunturas críticas nas quais novos desafios de governança democrática pautaram escolhas de políticas públicas decisivas, tanto em seu impacto estratégico sobre os rumos do País quanto sobre sua forma de inserção no cenário global, conforme afirmam os coordenadores.

Para acompanhar on-line o evento no dia 2 de outubro clique aqui.

 


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