Tese de pesquisadora da USP sobre ativismo de jovens nas direitas radicais é destaque na área de psicologia política

Estudo desenvolvido na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP analisou discursos, identidades e sentidos da participação política de ativistas do Brasil e da Alemanha

 05/08/2024 - Publicado há 4 meses     Atualizado: 20/08/2024 às 10:35
Grupo de pessoas da direita radical seurando bandeiras da Alemanha em manifestação
Manifestação de grupo de direita radical alemão – Foto: Kalispera Dell / Wikipedia

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Uma tese de doutorado desenvolvida na USP sobre o ativismo de jovens nas direitas radicais do Brasil e da Alemanha recebeu menção honrosa no Encontro Anual da Sociedade Internacional de Psicologia Política (ISPP). A tese foi desenvolvida por Beatriz Besen no Programa de Mudança Social e Participação Política da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP.

O encontro aconteceu no mês de julho em Santiago, no Chile, e a premiação foi anunciada como um “reconhecimento da qualidade excepcional da pesquisa e de sua contribuição significativa para o campo da Psicologia Política”.

O estudo analisou discursos, identidades e sentidos da participação política. Baseadas em entrevistas biográficas com ativistas nos dois países, as reconstruções de trajetórias de engajamento destacaram a pluralidade de caminhos e identidades entre os jovens. Por meio de uma análise crítica das narrativas, também foram identificados discursos conectados ao neoliberalismo e ao neoconservadorismo que configuram agendas políticas comuns nos dois países.

“Fiquei muito feliz com o reconhecimento e me senti especialmente honrada por receber esse prêmio apresentando uma pesquisa qualitativa desenvolvida na Universidade de São Paulo. Isso foi inédito na premiação. Tenho certeza de que existem outras pesquisas incríveis no Brasil e que podem colaborar para a compreensão de fenômenos políticos globais. Torço para que estudos desenvolvidos nas universidades latinoamericanas recebam o devido reconhecimento”, destacou Beatriz. Confira a matéria sobre a pesquisa veiculada no Jornal da USP.

A pesquisa teve financiamento da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) e envolveu dois anos de investigação no Brasil e dois na Alemanha, com estadias na Universidade Goethe em Frankfurt e na Universidade Humboldt em Berlim.

 


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