
Como melhorar a comunicação da Universidade com a sociedade em geral e com os vários públicos específicos não é uma questão nova, mas está cada vez mais presente no dia a dia da Universidade.
Para debater esse assunto, a Superintendência de Comunicação Social (SCS) reuniu, no dia 9 de maio, no auditório do IEA no campus Cidade Universitária, em São Paulo, mais de 70 profissionais entre jornalistas e analistas de comunicação de unidades de ensino, institutos especializados, museus e Cepids de todos os campi da USP.
Os debates foram balizados a partir de três pontos que impõem mais dinamismo e eficiência para a Comunicação da Universidade:
1) A sociedade está cada vez mais exigente e atenta à utilização dos recursos públicos. Como é sabido, a USP recebe anualmente 5,0295% da arrecadação do ICMS pago pela sociedade paulista.
2) Para expandir suas atividades, além de depender dos recursos do ICMS, convém à USP abrir novas fontes de recursos, por intermédio de parcerias diversas com instituições, organismos internacionais e empresas – que precisam conhecer melhor suas atividades.
3) O apoio da sociedade é imprescindível para a Universidade exercer sua autonomia e manter a excelência de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Não é uma tarefa simples transmitir para a sociedade a produção de uma Universidade que opera em todas as áreas de conhecimento, reúne oito campi distribuídos no Estado de São Paulo, tem 90 mil alunos de graduação e pós-graduação, quase 6 mil professores, 13 mil funcionários técnicos-administrativos e responde por 20% da pesquisa científica do País.
Mais do que isso, não é simples mostrar o quanto essa produção beneficia a sociedade.
O público alvo é amplo e diversificado e, além da sociedade no sentido amplo, compõe-se de cientistas, acadêmicos, outras universidades, docentes e discentes, empresas, entidades sindicais e empresariais, poderes executivo, legislativo e judiciário, público internacional, só para citar alguns. Cada um deles impõe o uso de linguagem específica, da popular à científica, de modo que a mensagem seja transmitida de forma adequada. A tarefa também exige capacidade de utilizar todo o universo de mídias disponíveis, das sociais às tradicionais.
Um dos objetivos do encontro foi atualizar os comunicadores da USP sobre o instrumental que a Superintendência de Comunicação Social opera atualmente – Jornal da USP, Rádio USP (São Paulo e Ribeirão Preto) e Revista USP – e colocá-los à disposição de todas as unidades da Universidade, bem como informá-los sobre diversos projetos em andamento.
Houve, também, troca de idéias e debates sobre como as unidades podem dar maior eficiência ao relacionamento direto de cada uma delas com as mídias e quais são os pontos fortes que ainda precisam ser aprimorados e as fragilidades a serem enfrentadas e superadas.
Colocou-se, também, a possibilidade de ganhar eficiência com processos de integração de trabalho.
Para dar continuidade à discussão dos temas levantados no encontro deverão ser realizadas reuniões de grupos menores em que serão discutidos assuntos específicos.
Dois pontos merecerão atenção especial.
Um é o aprimoramento da divulgação científica, para que esteja à altura dos públicos especializados e seja também inteligível para os leigos, o que exige a aplicação de técnicas diferenciadas, por exemplo.
Outro, de fundamental importância, é que a tarefa de dinamizar a comunicação vai além dos esforços dos profissionais da área nas unidades e na SCS: exige a compreensão e o engajamento ativo de toda a comunidade da Universidade em seus diversos níveis, unidades, departamentos, docentes, discentes e funcionários.
A SCS está aberta à colaboração e sugestões de todos na construção de uma comunicação mais dinâmica e eficiente.
* Luiz Roberto Serrano é Superintendente de Comunicação Social da USP.