O que podemos ver no céu de outono? Boletim de astronomia explica astros mais brilhantes

Boletim produzido no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP também aborda curiosidades sobre o buraco negro M87 e a desigualdade de gênero na astronomia

 02/06/2023 - Publicado há 11 meses
Simulação do céu do dia 22 de junho de 2023, às 18h30 em São Paulo – Foto: Stellarium / DNCE IAG-USP

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Oferecer notícias científicas em linguagem acessível na área da astronomia é o objetivo do boletim Dia e Noite com as Estrelas, produzido por estudantes de graduação e pós-graduação da USP, coordenados pelo professor Ramachrisna Teixeira, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG). Para receber o boletim mensalmente, de forma gratuita, basta enviar uma mensagem para contatodncestrelas@gmail.com ou acompanhar a página do projeto.

Na edição de maio, disponível neste link, o boletim destaca a contribuição de James Bradley na comprovação de que a Terra se move ao redor do Sol. Ao observar pequenas oscilações nas posições das estrelas, ele percebeu que essas variações eram resultado do movimento da luz das estrelas, que tem velocidade finita, em relação à Terra, que também está em movimento. Esse fenômeno foi chamado de aberração estelar e foi a primeira evidência experimental de que a Terra orbita o Sol. Além disso, Bradley determinou o valor da velocidade da luz e descobriu outra oscilação nas posições estelares, conhecida como nutação, que é causada pelo movimento do eixo de rotação da Terra. Essa descoberta acrescentou mais conhecimento sobre os movimentos complexos do nosso planeta.

Outra notícia é sobre o trabalho que deu mais nitidez à primeira imagem do entorno de um buraco negro, liderado pela astrofísica brasileira Lia Medeiros. É a primeira vez que pesquisadores usam o aprendizado de máquina para preencher os buracos onde não há dados.

Em Astronomia Cultural, o leitor fica sabendo como, ao longo de um século, a sub-representação de mulheres na astronomia e física ainda é uma realidade, partindo de histórias de astrônomas que deram uma grande contribuição para o conhecimento atual do Universo.

A publicação também traz as sugestões do que ver no céu nos próximos meses. Neste momento do ano, é possível observar o planeta Vênus ao anoitecer olhando para o oeste. Ele é o astro mais brilhante e estará visível nessa direção nos próximos meses, aumentando em brilho e altura até atingir sua máxima elongação ocidental em 4 de junho.

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