Materiais encantadores
Matemateca é um conjunto de objetos interativos que buscam mostrar a matemática de forma interessante e encantadora para o público leigo, tanto adultos quanto crianças. Ela surgiu em 2003 com o trabalho de professores do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP que começaram a construir um acervo que mostrasse a matemática "em ação".

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Dia da Matemática
Para comemorar o Dia Internacional da Matemática, em 14 de março, grande parte do acervo da Matemateca está em exposição no Centro Universitário Maria Antonia da USP. Com o nome Matemática, um outro olhar, o objetivo da exposição é "ajudar o visitante a ver a matemática com outros olhos, a vislumbrar seu aspecto lúdico, sua beleza, seu poder e sua interação com as diversas áreas do conhecimento".
Novas perspectivas
O jogo da velha tridimensional, por exemplo, desenvolve a visão espacial, pois força o participante a olhar os outros planos e não só o primeiro. Também promove a organização de raciocínio, elaboração de hipóteses e análise de probabilidades. Ganha quem fizer o maior número de sequências de três peças em linha reta.
Criando circuitos
Os moradores da cidade de Königsberg, na Rússia, queriam fazer um passeio por toda a cidade passando apenas uma vez em cada uma das suas sete pontes. Um matemático famoso na época deu uma solução baseada em linguagem de grafos (um conjunto de pontos ligados por um ou mais traços). Daí surgiu o brinquedo chamado Pontes de Königsberg. Essa linguagem tem vários usos hoje, em circuitos elétricos, transporte, redes telefônicas ou de internet.
Ligando vértices
No experimento Árvores de Steiner, películas de sabão nos dão a resposta para saber a menor distância entre dois pontos. Este conceito é usado em circuitos elétricos, redes de comunicação e de transporte.
Montanhas de areia
Ao despejar areia sobre uma placa, ficamos com uma montanha de inclinação constante até que qualquer novo acréscimo provoque deslizamento. Essa inclinação é a máxima que aquela areia suporta e, dependendo da forma da placa, pode-se determinar vários pontos a partir desse limite. O “esqueleto” da placa, por exemplo, obtido a partir do topo da montanha, é usado na área de estudo computacional.
Belos padrões
Vibrações provocadas por um arco de violino em placas metálicas retangulares e circulares, com o centro fixo, produzem belas figuras quando espalhamos pó fino sobre as placas. O experimento, chamado Figuras de Chladni, mostra padrões formados por linhas nodais, como aquelas que se produzem a partir do som.
Projeções em curvas
O estudo do movimento de planetas e cometas do Sistema Solar foi possível graças a aparelhos como o elipsógrafo, mecanismo que desenha elipses. Ele foi usado para resolver problemas de perspectiva e projeção em desenhos e plantas, estudos para a construção de relógios de sol, astrolábios etc.
Películas de sabão
É possível saber as formas possíveis que uma película de sabão pode assumir quando seus contornos já estão pré-definidos. É o que se chama de Problema de Plateau, usado no estudo de geometria diferencial. Nesse experimento, arestas internas criadas pelo encontro de películas criam bonitas figuras.
Esses e outros experimentos da exposição Matemática, um outro olhar ajudam a aprender brincando, como aconteceu nesta fotorreportagem com os alunos das escolas estaduais Alberto Torres, no Butantã, em São Paulo, e Ministro Laudo Ferreira de Camargo, de São Bernardo do Campo. Durante a visita, estudantes do IME-USP tiraram dúvidas e discutiram o conteúdo com os alunos das escolas.
Exposição Matemateca
De 6 a 29 de março de 2020
Terça a domingo e feriados
das 10 às 18 horas
Entrada gratuita

Centro Universitário Maria Antônia
Rua Maria Antônia, 294
Vila Buarque – São Paulo/SP

Texto: Thais Helena Santos
Fotos: Marcos Santos/USP Imagens

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