Infectologista pioneiro no Brasil, Vicente Amato Neto morre aos 91 anos

Professor Emérito da Faculdade de Medicina da USP, ele foi o primeiro médico residente da especialidade no País

 12/12/2018 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 13/12/2018 as 16:26
O médico Vicente Amato Neto – Foto: Osmar Bustos / Reprodução / FMUSP

Morreu nesta terça-feira, 11 de dezembro, o infectologista Vicente Amato Neto, Professor Emérito da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). O velório será realizado dia 13, das 10 às 14 horas, no Teatro da FMUSP, localizado na Av. Dr. Arnaldo, 455, em São Paulo.

O sepultamento está sendo realizado hoje, 12 de dezembro, no Cemitério do Araçá, na Av. Dr. Arnaldo, 666.

Nascido em 24 de julho de 1927, em São Paulo, Amato Neto graduou-se em Medicina na 34ª turma da FMUSP. Professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP, foi superintendente do Hospital das Clínicas da FMUSP, entre 1987 e 1992. O médico também foi secretário de Estado da Saúde de São Paulo, entre 1992 e 1993.

Leia abaixo nota divulgada pelo Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP:

Nota de Falecimento

O Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo vem comunicar o falecimento do Professor Vicente Amato Neto, Professor Emérito da FMUSP, ocorrido na data de ontem, dia 11 de dezembro de 2018, nesta Capital.

O Professor Vicente Amato Neto graduou-se pela Faculdade de Medicina da USP em 1951 e foi o primeiro médico residente da especialidade no Brasil, tendo cumprido seu treinamento na Clínica de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da FMUSP. Dedicou sua longa e ativa vida profissional às Doenças Infecciosas e Parasitárias e à Medicina Tropical, envolvendo-se em atividades de pesquisa, de ensino em todos os níveis da formação médico-científica e de extensão universitária. Como chefe da Clínica de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas de São Paulo de 1976 a 1997, esteve à frente da formação de diversos médicos especialistas, hoje líderes em serviços médicos e acadêmicos em várias regiões do país.

Sua profícua produção intelectual na área tem como destaques a caracterização da forma aguda e da transmissão transfusional da doença de Chagas, a caracterização clínica da toxoplasmose adquirida, aspectos diagnósticos e terapêuticos das enteroparasitoses e as imunizações. Foi autor de 348 artigos científicos, 22 cartas e 6 livros didáticos.

Esteve à frente do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo como Diretor entre 1985 e 1988. Foi responsável pela instalação e ampliação de serviços de atenção à saúde na área de especialidade das doenças infecciosas e parasitárias em várias instituições públicas paulistas, tais como o Hospital do Servidor Público Estadual de SP, o Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Ocupou-se, ainda, da gestão de políticas públicas em nossa área de atuação, como Superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (1987-92) e como Secretário de Estado da Saúde de São Paulo (1992-93). Foi sócio fundador e Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical e da Sociedade Brasileira de Imunizações. Professor Amato deixa esposa, Sra. Miriam Sabbaga Amato, os filhos Vicente e Valdir, este último Professor Associado do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP, nora Patrícia e o neto Vicentinho.

Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias
Faculdade de Medicina da USP


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