Grupo criado por estudantes da Poli pode ser semente para futuras empresas

Arturo Cordero fala sobre o Argo – Inovação em Saúde, um ecossistema de aprendizado e resolução de problemas em saúde, que se constitui num dispositivo de desenvolvimento de modelos

 29/09/2020 - Publicado há 4 anos
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Foto: Imagem retirada dohttps://www.facebook.com/argo.biomedica/

O Jornal da USP no Ar recebeu hoje (29) Arturo Forner Cordero, docente do Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos da Escola Politécnica (Poli) da USP, Fábio Henrique Passos Videira e Duane Fernandes Duarte, alunos de Engenharia Elétrica da Poli, para falar sobre o grupo de Engenharia Biomédica, o Argo – Inovação em Saúde. 

O grupo, composto de alunos de graduação e pós-graduação e professores de diversas áreas, é um ecossistema de aprendizado e de resolução de problemas em saúde e foi fundado por estudantes que queriam trabalhar em áreas da engenharia biomédica, como conta Cordero, orientador do grupo. “Fábio e seus colegas Pedro Henrique Gianjoppe dos Santos, Caio Hudson Queiroz e Natália Nagata, todos alunos do curso de Engenharia Elétrica, desde o início, quando vieram me procurar para ajudá-los, tinham uma independência e uma vocação para o desenvolvimento de projetos.”

Fábio Videira, atual presidente do grupo, conta que o interesse e a ideia vieram após cursar uma disciplina de Neurociências no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP. “Conversando com alguns amigos, Pedro, Natália e Caio, decidimos começar um grupo de extensão que promovesse essa integração de conhecimento e, acima de tudo, causasse um impacto social” explica. O grupo foi fundado em novembro de 2018 e a primeira geração do grupo chegou em 2019, como explica Duane Duarte, atual vice-presidente do Argo

O grupo tem desenvolvido e participado de diversos projetos, como o Inspire, coordenado pelo professor Marcelo Zuffo, também da Poli. “É um projeto de alta complexidade, mas conseguimos dar uma contribuição singela”, diz Fábio Videira. Outros projetos também nasceram de necessidades vindas com a pandemia, como o de higienização de máscaras, visando à sua reutilização, por meio de lâmpadas ultravioleta; o Esterilize, em conjunto com alunos da Faculdade de Medicina (FM) da USP, que tenta reduzir a infecção por covid em ambientes; para o cuidado da saúde mental, como forma de complementar o trabalho de psicólogos e psiquiatras, o COMVC, aplicativo de psicoeducação desenvolvido com o Departamento de Psiquiatria da FMUSP, além de um chatbot, um robô com quem se pode conversar sobre temas como ansiedade na pandemia; e ainda um projeto de fototerapia, com estudo e desenvolvimento de equipamentos para radiodermite, lesão na pele causada pelo tratamento de câncer por radioterapia. 

O Argo ainda recebeu ajuda do grupo Amigos da Poli, o que resultou na assinatura de um convênio entre a Poli, o InovaHC, o Fundacentro e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), “ou seja, quatro potências tecnológicas”, como afirma o professor. Ele ainda comenta sobre a capacidade dos estudantes de abordar questões complexas e a humildade em procurar ajuda de outros professores. “A valentia dos alunos só pegarem projetos densos, mesmo sem todo o conhecimento necessário para abordá-los, é surpreendente. O Argo é um dispositivo de desenvolvimento de modelos a serem aplicados, a semente para futuras empresas”, completa Cordero.

Você pode entrar em contato com o grupo por meio das páginas do Argo no Facebook e no Instagram ou pelo e-mail argo.biomedica@gmail.com.

Ouça a íntegra da entrevista no player. 


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