Os funcionários da USP entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira, 12 de maio. O boletim do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) informa que a decisão é contra “o desmonte da Universidade, o arrocho salarial e em defesa do Sintusp, ameaçado de despejo [do prédio da Escola de Comunicações e Artes – ECA] , com emprego da tropa de choque”.
Em resposta à convocação da greve, a Reitoria da USP publicou um comunicado caracterizando a movimentação como “uma greve sem fundamentação em demanda de reajuste salarial, uma vez que não existe, ainda, uma proposta de reajuste manifestada pelo Cruesp”.
A reunião com o Cruesp, que é o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas, está marcada para a próxima segunda-feira, 16 de maio, quando será discutido o reajuste salarial.
No primeiro dia de paralisação, o Sintusp informou que a adesão foi maior entre os funcionários das unidades de ensino. No entanto, eles não levantaram o porcentual de grevistas.
Na noite de quarta-feira, 11 de maio, após realização de assembleia, estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP deliberaram greve por tempo indeterminado e ocupação do prédio da Letras. Eles condicionam a saída do local à contratação de mais professores e funcionários para o curso de Letras.
Às 18h desta quinta, o Diretório Central dos Estudantes realiza assembleia para discutir o indicativo de greve, considerando as seguintes questões: cotas e permanência, congelamento na contratação de professores e funcionários, retirada dos espaços estudantis e do Sintusp, Hospital Universitário e creches.