O que é, exatamente, a ignorância? Como melhor estudá-la? Quais são os seus impactos? Em que condições a ignorância pode ser algo desejável? E como manejá-la, nos casos em que ela é indesejável? Para dar um primeiro passo na resposta a essas questões, o Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, em São Paulo, realiza uma série de sete encontros com pesquisadores de diversas áreas do conhecimento.
No dia 22 de agosto, das 14 às 17 horas, será realizado o segundo evento da série, com o sociólogo Lenin Bicudo Bárbara, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, como expositor, e a mediação do jornalista Carlos Orsi, do Instituto Questão de Ciência.
Serão expostas algumas das contribuições da filosofia e da sociologia para os estudos da ignorância. Também será discutido o que é a ignorância e qual sua relação com conceitos próximos a ela, como conhecimento, erro, e irrelevância. Em seguida, discutirá a relação entre ignorância e valores. E, por fim, examinará algumas das respostas propriamente sociais à ignorância.
A ideia dos encontros veio de questionamento de que apesar de vivemos em um mundo em que a informação a respeito dos mais diversos assuntos nunca foi tão acessível, para um número tão grande de pessoas, a ignorância avança. Isso vale até mesmo para a ignorância sobre coisas que, hoje, é possível conhecer com alguma facilidade. A disseminação de boatos, a princípio fáceis de desmentir, alastra-se com mais rapidez e alcance do que qualquer desmentido; políticas públicas são por vezes formuladas e postas em prática sem levar em conta o conhecimento científico relevante sobre o tema; e mesmo as mais exóticas teorias da conspiração conseguem hoje atrair um número impressionante de adeptos.
A entrada é gratuita e aberta ao público, mas é necessário se inscrever pelo formulário. Quem quiser, pode acompanhar o evento ao vivo pela internet acessando este link.
Da Assessoria de Comunicação do IEA
