Alunos de engenharia lançam carro para competição nacional

Equipe da Poli participa da Baja Sae Brasil, no dia 22 de fevereiro, em São José dos Campos

 20/02/2018 - Publicado há 6 anos
Equipe do Poli Baja posa com o novo protótipo: Aurora – Foto: Poli Baja

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Poli Aurora. Esse é o nome do novo carro de competições universitárias do grupo de extensão Poli de Baja, da Escola Politécnica (Poli) da USP. O lançamento do Aurora, no último dia 8 de fevereiro, marcou a aposentadoria do Cronos, veículo utilizado em 2017.

Segundo Samuel Monção, capitão da equipe, o novo protótipo promete levar as características do último carro do Baja, o Cronos, além de conter melhorias adicionais feitas pelos estudantes. “Mudamos, por exemplo, a suspensão traseira, um projeto ao qual nos dedicamos o ano inteiro”, explica. A estrutura do Aurora, apesar de parecer a mesma do anterior, também foi modificada: seus canos de sustentação agora têm ângulos diferentes, tudo para otimizar a performance.

O Poli Aurora é um protótipo off-road, que em tradução literal significa um protótipo de veículo destinado a correr fora de estradas asfaltadas. Ele é projetado para andar em terrenos adversos e suportar diferentes condições de terreno. “A proposta é fazer um veículo que possa superar qualquer tipo de obstáculo”, conta o capitão. Por isso, é necessário saber balancear características como rapidez e resistência. “Não adianta projetarmos um carro que seja resistente, mas pese 300 quilos, nem um carro leve e rápido que não aguente a primeira curva.”

Todas as peças do Aurora foram feitas sob medida, ou seja, são únicas e foram desenvolvidas especialmente para ele. O que pode ser uma vantagem para o veículo, mas também dificulta a troca em caso de danos. “Fazemos muitas peças reservas pensando justamente na competição.”

A equipe pretende estrear o Poli Aurora na próxima competição nacional universitária, a Baja Sae Brasil, que ocorrerá entre os dias 22 e 25 de fevereiro. Ela reunirá 90 grupos de alunos universitários de todo o País em São José dos Campos para quatro dias de torneio. As equipes serão divididas em provas dinâmicas, que medirão as características do carro como capacidade de tração e aceleração do veículo, apresentações dos projetos aos juízes (geralmente pertencentes à indústria automotiva), e por fim na prova de enduro de resistência, onde os carros deverão correr durante quatro horas seguidas.

Monção explica a dificuldade de participar da prova final. “Geralmente, somente 20% dos carros conseguem terminar a corrida.” O Aurora tem três pilotos cadastrados para o dia, todos pertencentes à equipe. “Às vezes não é vantajoso ficar trocando de piloto porque perdemos tempo com isso, mas se deixarmos uma pessoa só, ela pode no final sofrer cansaço, desidratação e fadiga muscular.”

História

O Poli de Baja fez 15 anos em 2016, e já projetou e construiu mais de 20 veículos. Só com o Atlas, foram cinco competições, uma delas com direito à vaga para o mundial que ocorre nos Estados Unidos. Porém, a equipe não conseguiu ir por falta de recursos. O grupo é coordenado pelo professor Marcelo Alves, do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli.

Monção conta que, por ser composto de estudantes da Poli, a quantidade de conhecimento que eles conseguem absorver com o grupo é muito grande. “Corremos atrás das inovações para o carro praticamente por conta própria, o que nos faz ir além da sala de aula e aprender muito mais.”

Com a entrada dos novos alunos em 2018, a equipe estará presente no evento de apresentação dos grupos de extensão do departamento. A partir daí, eles começarão o processo seletivo.

Da Assessoria de Comunicação da Poli


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