Equipes de remo do Cepeusp se destacam em campeonato mundial master na França

A competição reuniu 50 delegações de diferentes países, cerca de 5 mil atletas e mais de 600 provas, das quais o professor da USP e remador José Carlos Simon Farah venceu em primeiro lugar no barco individual

 27/09/2022 - Publicado há 2 anos     Atualizado: 30/09/2022 as 10:48
Uma das equipes da USP no campeonato de remo master na França – Foto: Arquivo pessoal

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Realizado entre os dias 7 e 11 de setembro, em Libourne, na França, a edição de 2022 do World Rowing Masters Regatta foi a primeira depois da pandemia de covid-19, e contou com 50 delegações, aproximadamente 5 mil atletas e mais de 600 provas, com partidas a cada três minutos. Campeonato Mundial de Remo Master, o World Rowing é destinado a remadores a partir de 27 anos até atletas com mais de 80, classificados em categorias por idade, e contou com a participação da equipe do Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp). Da delegação da USP, o professor e atleta remador José Carlos Simon Farah, atual coordenador das atividades esportivas da Raia Olímpica da Universidade, conquistou a medalha de ouro no barco individual.

“A participação da equipe de remo do Cepeusp no campeonato mundial foi muito importante, porque participamos no centro do remo mundial onde o nível é muito alto. A grande maioria de remadoras e remadores europeus, americanos e australianos participaram de campeonatos mundiais e olímpiadas quando jovens”, conta Farah. “Competir com essas pessoas é gratificante e eu tive a felicidade de ganhar minha série. Me sinto muito feliz e também realizado. Este 1º lugar se transforma em incentivo aos nossos alunos dos cursos do Cepê”, diz.

Formada por professores, funcionários e alunos da USP, a equipe do Cepeusp, que é comandada pelo professor de Remo Marcos Ito, competiu em 12 categorias, sendo quatro femininas, quatro masculinas e quatro mistas. Além da medalha de ouro, conquistando também outras posições no campeonato.

“Os melhores remadores do mundo master se encontram de uma maneira amigável para um evento esportivo que é festivo. É uma competição de grande magnitude”, relata Patricia Chakur Brum, professora de Fisiologia do Exercício da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, que participou pela primeira vez de um campeonato mundial de remo. Além de Farah e Patrícia, também participaram os professores Anna Sarah, da Faculdade de Medicina (FM); e Elisabete Kira e Antonio Lima, do Instituto de Matemática e Estatística (IME).
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Patricia Chakur Brum num dos barcos da USP no campeonato – Foto: Arquivo pessoal
José Carlos Simon Farah, professor e atleta remador medalha de ouro no barco individual – Foto: Arquivo pessoal

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A professora participou de quatro equipes de remo, e na categoria Four (com quatro remadoras) conquistou o segundo lugar da competição. “É uma satisfação muito grande trazer uma medalha, uma sensação de dever cumprido, de ver todos os esforços enveredados para um trabalho em grupo”, afirma. “E de conseguir o melhor que podíamos”, completa. A professora ainda destaca os treinos e a preparação, informando que foi possível, ao lado de equipes internacionais, perceber o quanto a equipe do Cepeusp está bem preparada. “Tivemos excelentes resultados”, conclui.

Saúde esportiva

Segundo Patricia, o World Rowing é um grande festival que, além de promover o remo, passa um recado importante sobre de que maneira podemos ou devemos envelhecer. Ela diz que é um exemplo ver que pessoas, mesmo com idades tão distantes, cuidam da saúde praticando esportes. “O remo é um esporte muito completo, que trabalha resistência, aeróbia, força, coordenação e equilíbrio, perfeito para quem quer ter um envelhecimento saudável”. Além disso, diz, é um esporte que pode ser praticado individualmente ou em equipe, e “essa integração é muito importante. Eu ensino isso na graduação mostrando o quanto o exercício traz benefícios para a nossa saúde e para a qualidade de vida, e também para a nossa saúde mental”, diz, informando que foi o remo que a salvou durante a pandemia, mesmo praticando em casa. “Não só ensinar na teoria, mas praticar, fazer e demonstrar que o esporte faz muito bem à saúde.”

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