Conteúdos da USP para brincar e aprender pela internet

Conhecimento científico gerado na Universidade também chega às crianças por meio de projetos de extensão, com recursos e conteúdos educativos de qualidade

27/05/2021

Redação

Estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Dia Mundial do Brincar é celebrado em mais de 40 países no dia 28 de maio. A data procura lembrar que o brincar é um direito (artigo 31º da Convenção sobre os Direitos da Criança das Nações Unidas) e também contribui para o desenvolvimento das crianças.

Além de inúmeras pesquisas que têm a infância como tema, nas várias áreas do conhecimento, a USP também promove atividades de extensão universitária dedicada a esse público. Com a pandemia, muitas iniciativas da Universidade, principalmente em museus e centros culturais, estão temporariamente fechadas. Confira então algumas atividades on-line em que as crianças podem aprender brincando:

Desafios e histórias para aprender sobre biodiversidade

Animais misteriosos, histórias intrigantes e imagens impressionantes da ciência fazem parte dos materiais que o Museu de Zoologia da USP (MZ), em São Paulo, disponibiliza no site e redes sociais voltadas às crianças e público geral que se interessa pela zoologia.

Tem o Quiz Animal, em que um esqueleto de dinossauro ou um pássaro raro são o mote para falar de fósseis e biodiversidade; também o Zoologia em Casa, que oferece livretos para download com desafios e informações relacionadas aos conteúdos da área.

O museu também faz indicação de livros que tratam do tema da biodiversidade para crianças. Em vídeo, o programa Vice Versa entrevista pesquisadores que falam sobre os desafios da pesquisa e do ensino durante o isolamento.

E tem também o tour virtual 360 que mostra pela internet o acervo do museu e a exposição Biodiversidade – Conhecer para Preservar.

Baiacu-de-espinho é um dos animais do acervo do Museu de Zoologia, clique na imagem para saber mais

Livro virtual traz a história do sapo da caatinga, clique na imagem para ver

Livro de colorir que ensina sobre famílias de animais, clique na imagem para acessar

Preparado para vacinar? Ajude a Maria Gotinha neste jogo da USP

Prepare-se para imunizar toda a população! Neste jogo, você assume o controle da vacinação, que se torna mais difícil à medida que o isolamento social é rompido. O desafio é alcançar as pessoas antes que elas se aproximem de elementos como fake news e aglomeração, tornando-as alvos suscetíveis para os vírus que estão à solta pelo jogo. Desenvolvido na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, o VACC está disponível neste link

Para ajudar a Maria Gotinha a vacinar a população, o jogador deve utilizar as setas do teclado para se mover e o botão direito do mouse para aplicar a vacina.  Quando o coronavírus encosta em uma pessoa sem a vacina, ela desaparece e em seu lugar surgem dois novos vírus. Cada cor de vírus representa uma variante viral diferente. O mais perigoso deles é o verde, que, embora se mova lentamente, tem 50% de chance de infectar até mesmo aqueles que já foram vacinados, mas não mantiveram o uso de máscaras e o isolamento. 

O jogador conta com duas ajudas excepcionais: a ciência, representada pelo tradicional frasco de Erlenmeyer – aquele, de vidro, com formato de balão e boca estreita – e os insumos das vacinas – representados pelas seringas.  Ao encontrar estes itens, sua capacidade de vacinação é ampliada, já que será necessário vacinar duas vezes cada pessoa.

Após receber a primeira dose da vacina, a pessoa fica com um escudo de cor clara ao redor do corpo por um tempo. Ao se aproximar de uma ameaça, o escudo rebate o vírus, mas não o destrói. Com a segunda dose, o escudo se torna mais forte e permanente, sendo também capaz de eliminar o vírus. 

Cientistas e heróis que são gente como a gente

Duas histórias em quadrinhos mostram os brasileiros que são protagonistas da ciência e estão ganhando o mundo com suas pesquisas e descobertas. Eles foram criados pelo pesquisador e pedagogo Carlos Antônio Teixeira, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. Os quadrinhos podem ser lidos pela internet, basta clicar nas imagens abaixo.

A HQ Meninas e Mulheres na Ciência propõe como personagem principal uma garota negra que sonha em ser cientista, abordando no decorrer de suas páginas aspectos sociais e culturais da sociedade brasileira. A missão da personagem é discutir com seus colegas a presença feminina na ciência nacional, citando nomes como o de Enedina Alves Marques, primeira mulher negra a se formar engenheira civil no País.

Já em Entrevistas Além do Tempo os protagonistas são os estudantes do Programa Imprensa Jovem, do Núcleo de Educomunicação da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Através dos quadrinhos, os jovens encontram figuras históricas como Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson, as três matemáticas negras da Nasa que contribuíram para o sucesso das primeiras viagens espaciais.

Conheça Tagea: a menina curiosa que amou o mar e virou cientista

Uma espécie de nome esquisito mora onde as ondas possam levá-la, vivendo solta na água. Os plânctons são pequenos, microscópicos, mas têm algo que chama a atenção durante a noite: eles acendem a luz do mar.

Encantada pela quantidade e diversidade de organismos no fundo do oceano, Tagea – a menina que nadava na luz, tentou entender quem são e o que fazem esses pequenos vagalumes do mar. De menina curiosa, Tagea se tornou uma cientista e aprendeu que alguns plânctons conseguem iluminar a água. Clique no player do vídeo e conheça a Tagea.

Com informações em vídeo, folheto e na própria página do centro de biologia, a publicação coloca as espécies marinhas no microscópio, contando quem são e como se diferem. Conceitos como “bioluminescência”, “superpopulação” e “cadeia alimentar” passam pela compreensão geral sem dificuldades. Até o escritor Monteiro Lobato aparece na história da personagem Tagea, que acompanha o leitor em um mar de descobertas.

Fora do desenho, Tagea Kristina Simon Björnberg tem hoje 96 anos e dedicou boa parte da vida ao estudo de diversos grupos de animais marinhos pelo  Centro de Biologia Marinha da USP (Cebimar).

De Onde Viemos? Menina que vira cientista explica em vídeo

A série de animação Evolução para Todes, iniciativa criada pelo Laboratório de Arqueologia e Antropologia Ambiental e Evolutiva (LAAAE) da USP, tem um  conteúdo pensado para estimular crianças a se interessarem pela ciência, além de se reconhecerem e se inspirarem a olhar para o mundo de forma questionadora e criativa.

Também buscam representar meninas e crianças negras, para que elas acreditem que têm o potencial de serem o que quiserem, inclusive cientistas. Os vídeos falam sobre teoria da evolução e origem da humanidade ao mesmo tempo que mostram a história da pequena Mari, uma menina negra de 7 anos, que imagina ser cientista.

Aprenda ciência com 30 games criados por especialistas

Doutora Odete é uma médica epidemiologista brasileira que tem a missão de descobrir qual doença uma jornalista norte-americana contraiu durante uma visita de trabalho ao Brasil. E você pode ajudá-la nessa descoberta jogando o Negligência Mortal (NM), o mais novo game desenvolvido pelo Espaço Interativo de Ciência (EIC). Ele é vinculado ao Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar) sediado na USP, em São Carlos.

O espaço desenvolve e avalia recursos didáticos-pedagógicos utilizados na educação em ciências, como os games. São cerca de 30 jogos que estimulam atividades lúdicas enquanto abordam temas relevantes no campo das ciências da saúde. 

Há cruzadinhas, caça-palavras, jogo das letras, diagramas, quiz e muito mais. É possível também fazer uma visita virtual ao EIC. Tudo pode ser baixado gratuitamente direto do site do EIC: neste link

No caso do Negligência Mortal, o principal desafio é descobrir qual é doença que a jornalista contraiu. Para isso, é preciso ajudar a epidemiologista Odete a percorrer as regiões visitadas pela jornalista. Durante o percurso, o jogador passará por diferentes Estados, conversará com a população, fará anotações sobre sintomas de doenças e observará o ambiente. No final, o jogador deve relacionar os sintomas às enfermidades e, assim, chegar ao diagnóstico da doença da jornalista.

Série Parasitas: Doenças de Chagas

InfoCovid

Como sabemos que o homem é responsável pela mudança climática?

Um site e um livro virtual elaborados pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP ajudam a entender como funciona o sistema terrestre e os eventos climáticos. Com bastante ilustrações e uma linguagem fácil de entender, os materiais mostram porque estamos vivendo o fenômeno das mudanças climáticas.

Você sabia, por exemplo, que mudanças na maneira como o homem usa a terra (por exemplo, florestas, fazendas ou cidades) podem causar efeitos locais, alterando a refletividade da superfície da Terra e mudando o grau de umidade de uma região?

E também que a geração de gases do efeito estufa, a emissão de poluentes produz aerossóis que podem interagir com a radiação solar e afetar a formação de nuvens, o que por consequência pode alterar o balanço de energia no sistema terrestre e contribuir para as mudanças climáticas? Confira mais no site Mudanças Climáticas e a Sociedade e clique na imagem para aprender mais no livro virtual.

Perguntas que são difíceis de responder

Todo mundo que já foi criança fez perguntas que arrepiaram os cabelos dos adultos, de tão difíceis de responder. E todo mundo que é criança agora tem uma pergunta dessas para fazer. Então, por que não levar essas perguntas aos cientistas, para eles responderem? 

Confira essa edição especial do podcast Ciência USP que, por ocasião do Dia das Crianças, teve a participação de pequenos curiosos. Clique no plyer para ouvir.

Monte seu avatar e faça um passeio pelo Museu do Ipiranga

Museu do Ipiranga, importante patrimônio cultural brasileiro, está em reforma e sua reabertura está programada para setembro de 2022, para a celebração do bicentenário da Independência do Brasil.

Enquanto isso, é possível passear pelo museu através do Museu do Ipiranga Virtual, plataforma em que o visitante constrói um avatar, pode mudar de roupas e, depois, partir para alguns passeios. A visita pode ser feita pelo próprio navegador do site ou por meio de aplicativos, disponíveis para os sistemas Windows e XboxOne e também para iPhone e iPad.

Durante o tour virtual, é possível acompanhar duas exposições com itens de destaque do acervo do museu – Dirigíveis de Santos Dumont e Personagens da Independência, além de assistir a vídeos sobre o andamento da obra, participar de quiz sobre curiosidades do museu, jogar minigames e conhecer algumas características da fachada do edifício.

Desenvolvido em conjunto com a Superintendência de Tecnologia da Informação da USP, o ambiente virtual surgiu a partir de pesquisas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) com o apoio dos Programas de Exposições e de Ação Educativa do museu.

Para conferir o tour virtual acesse: