Conselho Universitário concede título de Professor Emérito a José Goldemberg

O Colegiado também reconheceu o papel do vice-reitor Hélio Lourenço de Oliveira, na década de 60, em defesa da autonomia universitária

 04/10/2016 - Publicado há 8 anos
Goldemberg foi reitor da USP no período de 1986 a 1990 | Foto: Cecília Bastos
Goldemberg foi reitor da USP no período de 1986 a 1990 | Foto: Cecília Bastos

O Conselho Universitário aprovou, em sessão realizada no dia 4 de outubro, a outorga do título de Professor Emérito ao presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), José Goldemberg.

A honraria é concedida a professores aposentados que se distinguiram por atividades didáticas e de pesquisa ou contribuído, de modo notável, para o progresso da Universidade. Este será o 17º título de Professor Emérito concedido pela Universidade.

Goldemberg é doutor em ciências físicas e Professor Emérito do Instituto de Física (IF) e do Instituto de Energia e Ambiente (IEE).

Um dos maiores especialistas em energia no mundo, Goldemberg é conhecido defensor do uso de novas tecnologias para promover o desenvolvimento sustentável e detentor de vários prêmios internacionais na área.

Reitor da USP entre 1986 e 1990, foi presidente da Companhia Energética de São Paulo e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, ministro da Educação, secretário do Meio Ambiente da Presidência da República e secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, entre outros cargos. Desde fevereiro de 2014, ocupa como membro efetivo a cadeira nº 25 da Academia Paulista de Letras (APL).

Reconhecimento

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Hélio Lourenço de Oliveira, à época como recém-formado na FMRP | Foto: Serviço de Documentação da FMRP

O Colegiado também aprovou o reconhecimento do papel do vice-reitor da Universidade, Hélio Lourenço de Oliveira, em defesa da autonomia universitária e no processo de reforma universitária, e foi deliberada a colocação do quadro do professor na Galeria de Reitores da Universidade, no prédio da Reitoria.

O requerimento foi apresentado pela Comissão da Verdade da USP, com base no histórico do professor, que criou o Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP).

Oliveira foi eleito vice-reitor em outubro de 1968 e liderou o processo de reforma do Estatuto, com a extinção das cátedras e a criação dos departamentos e, consequentemente, a completa reestruturação da carreira docente. Tornou-se reitor em exercício em razão do afastamento do cargo pelo então reitor Luís Antonio da Gama.

Em abril de 1969, Oliveira foi aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional nº 5, juntamente com mais 23 professores da Universidade.

Foi forçado a se exilar do País no final da década de 1960. Nesse período, até 1972, trabalhou em Alexandria como conselheiro da Organização Mundial da Saúde. Em julho de 1980, foi reintegrado à USP. Em 1983, foi eleito diretor da FMRP. Faleceu em 14 de março de 1985, em Ribeirão Preto.

A importância do legado de Oliveira foi objeto do livro USP 1968-1969, editado pela Edusp e organizado por Hélio Lourenço de Oliveira, Antonio Candido e Alberto Carvalho da Silva.

Da Assessoria de Imprensa da USP

Na mesma sessão, foi apresentada a revisão do orçamento da Universidade. Leia mais em Revisão do orçamento da USP prevê déficit de R$ 659,91 mi

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