Método alternativo de aprendizado é aplicado no curso de Estatística

Metodologia Problem Based Learning foi utilizada com alunos de graduação e pós da USP em São Carlos

 04/08/2017 - Publicado há 7 anos     Atualizado: 24/04/2018 as 11:31
O método PBL – Problem Based Learning – já é aplicado em algumas universidades internacionais e é relativamente novo no País – Foto: Reprodução / CEPID-CeMEAI

Entre os meses de abril e junho deste ano, alunos de diferentes períodos da graduação e pós, que cursam Estatística no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos, participaram de uma metodologia alternativa de ensino e aprendizagem.

O método PBL – Problem Based Learning – já é aplicado em algumas universidades internacionais e relativamente novo no País. Traz para a sala de aula uma estrutura interdisciplinar, na qual, a partir de casos específicos apresentados aos estudantes, o objetivo é identificar, investigar, debater, interpretar e produzir possíveis justificações, soluções e recomendações para problemas da disciplina.

A iniciativa do SME, Coordenação do Bacharelado em Estatística e do Cepid-CeMEAI contou com a participação da StepWise – uma empresa de Analytics e Data Science – que trouxe para a vivência acadêmica a necessidade de soluções para classificar os proponentes de um produto de crédito segundo o risco de inadimplência oferecido.

Alunos de Estatística do ICMC, coordenado pelo Francisco Louzada, participaram da metodologia alternativa de ensino e aprendizagem: o método PBL – Foto Reprodução / Cepid / Cemeai

O projeto é desenvolvido por seis professores e tem coordenação de Francisco Louzada. “Hoje, a metodologia que é utilizada apresenta uma estrutura passiva em que os alunos recebem as informações e os ensinamentos dos docentes que ficam à frente deles na sala de aula. Através do aprendizado baseado em problema, nós temos interesse em focar diretamente nos alunos. Então, os alunos tornam-se protagonistas e passam a exercer o papel de puxar o aprendizado para si próprio”, explicou Louzada.

Nessa estrutura foi introduzida uma verticalização do aprendizado, em que há uma relação entre alunos de diferentes níveis, ocupando diferentes cargos hipotéticos em uma empresa fictícia, mas com um problema real.

O doutorando Diego Nascimento falou sobre o pioneirismo da proposta. “Foi muito desafiador participar. Vivenciamos algo que está no mercado, fora da sala de aula. Chegamos a bons resultados e a gente espera que isso sirva de referência para a educação posteriormente.”

Sócio-diretor da StepWise, Felipe Marangoni acompanhou a apresentação das soluções no final de junho. “Nós observamos muitos ganhos de inovação e vamos agregar valor a outras consultorias. Vários resultados apresentados pelos alunos têm potencial para serem aplicados na prática”, disse.

No segundo semestre, o projeto terá continuidade com as disciplinas de Metodologia Científica II, Direcionamento Acadêmico II e Tópicos especiais em Estatística Aplicada.

Sobre o CeMEAI

O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O CeMEAI é estruturado para promover o uso de ciências matemáticas como um recurso industrial em quatro áreas básicas: Otimização Aplicada e Pesquisa Operacional, Mecânica de Fluidos Computacional, Modelagem de Risco, Inteligência Computacional e Engenharia de Software.

Além do ICMC, CCET-UFSCar, IMECC-Unicamp, Ibilce-Unesp, FCT-Unesp, IAE e Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP  compõem o CeMEAI como instituições associadas.

Raquel Vieira/Comunicação CeMEAI


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