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Mais de 70 anos de Copas do Mundo de Basquetebol registrados em forma de livro. Esse é o conteúdo da recém-publicada obra de Dante de Rose Junior, que há 50 anos dedica-se ao esporte, à educação física e ao basquete, professor titular aposentado da USP e ex-diretor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), na Zona Leste. O livro Copas do Mundo de Basquetebol: 1950-2023 foi publicado pelo Portal de Livros Abertos da USP como e-book, de livre acesso e gratuito. Confira a publicação neste link.
A publicação conta com uma breve apresentação sobre o contexto do basquete, seguida de dados e informações quantitativas, inclusive com tabelas e gráficos, a respeito das Copas do Mundo de Basquetebol Masculino e Feminino no período analisado. O professor discorre desde os principais participantes, pódios, atletas cestinhas (maiores pontuadores), até a classi1ficação e finais dos 73 anos pesquisados. No cenário global, os Estados Unidos é o maior vencedor com um total de 12 medalhas, sendo cinco medalhas de ouro, três de prata e quatro de bronze. Em relação aos atletas, os primeiros cestinhas da história foram Álvaro Salvi (Espanha), no masculino, com média de 13,8 pontos, e Anne Gol Chen (França), no feminino, com média de 19,2.
Ainda há destaque na obra para aspectos e dados específicos da participação das equipes masculina e feminina brasileiras, além dos árbitros do País que participaram dessas competições. A equipe masculina é uma das que mais somam participações em Copas do Mundo, ao lado dos norte-americanos, com 18 edições até 2020. Além disso, o Brasil é o único país a ter um mesmo atleta indicado como MVP (jogador mais valioso da temporada, em português) por duas vezes: Amaury Pasos, em 1959 e 1963, e o cestinha do mundial de 1990, Oscar.
No caso do feminino, o Brasil conta com duas medalhas de mundial, uma de bronze em 1971 e outra de ouro em 1994. Entre os nomes importantes da história do basquetebol feminino brasileiro e mundial estão Hortência, que foi cestinha em três oportunidades (1983, 1990 e 1994) e eleita a maior jogadora de todos os tempos em mundiais femininos. Além dela, Janeth também foi cestinha em 1998. Quanto aos árbitros, o professor destaca os nomes de Antônio Carlos Affini, que participou da famosa final de 1990 entre Iugoslávia e Rússia, e Cristiano Maranho, que apitou as finais em 2010 e 2019.
O livro ainda perpassa fatos e curiosidades dessas competições, além de marcos e acontecimentos políticos que marcaram a história política e também da modalidade. Em 1954, por exemplo, países do Leste Europeu se recusaram a participar devido à negativa das autoridades brasileiras em conceder visto aos soviéticos. Mais recentemente, em 2006, no Mundial Feminino no Brasil, houve um incidente em que o hino de Taipei foi tocado equivocadamente em um jogo da China, levando a um protesto e negociações para a continuação do jogo.
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Quase a totalidade dos dados trazidos pelo professor são do próprio acervo pessoal ou de pesquisas dele sobre o tema. Alguns sites oficiais como a Federação Internacional de Basquetebol (Fiba) também são consultados para criar esse grande acervo sobre a modalidade. Como destaca De Rose, na própria introdução do livro, essa obra se mantém como de extrema relevância inclusive pela realização dos campeonatos mundiais feminino e masculino, respectivamente, em 2022 e 2023. “É um documento importante para pesquisas e aulas, além de ser essencial para a manutenção da memória do nosso esporte”, afirma o autor.
Confira o livro Copas do Mundo de Basquetebol: 1950-2023 na íntegra no link, clicando aqui.