Clube de leitura incentiva o gosto pela literatura entre funcionários da USP

Criado no campus em Ribeirão Preto, o Livro, Prosa & Cia resistiu à pandemia com atividades virtuais mensais e reúne entre 10 e 15 participantes a cada encontro; iniciativa é aberta ao público

 12/07/2021 - Publicado há 3 anos
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Grupo de funcionários da USP que criou o Clube de Leitura Livro, Prosa & Cia – Foto: Divulgação/Instagram

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Julho é época de frio, mesmo em Ribeirão Preto, cidade conhecida pelo seu calor intenso. E, com temperaturas mais baixas, ler um novo livro, tomando um bom café – tão tradicional quanto o calor da cidade interiorana – torna-se um agradável programa. Foi nesse clima que, em julho de 2017, funcionários da USP em Ribeirão Preto, incentivados por um curso da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, passaram a se encontrar, mensalmente, para discutir os livros que haviam acabado de ler.

O curso da Pró-Reitoria de Cultura que originou o clube teve o objetivo de desenvolver habilidades para as linguagens verbais e não verbais. A professora Maria Helena da Nóbrega, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, que ministrou o curso, orientou a cada aluno a leitura de um livro para posterior apresentação, em forma de opinião, aos colegas. A atividade agradou um grupo de participantes, que levou a ideia adiante e criou, então, o Clube de Leitura Livro, Prosa & Cia, que hoje recebe qualquer público desde que seja amante de uma boa literatura.
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Encontros do clube antes da pandemia – Foto: Divulgação/Instagram

Adaptações necessárias

Desde a criação, o clube enfrentou mudanças. No início, adotaram o formato de múltiplas leituras com cada participante escolhendo um livro por mês. Mas, “para que todos estivessem por dentro do assunto dos encontros, o grupo passou a estipular temas”, explica Ana Letícia Brunelli de Moraes, funcionária da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, e uma das responsáveis pelo clube. Assim, mesmo livre para escolher o que vai ler, o membro do clube deve se ater ao tema proposto, como um autor ou um gênero literário.  

E com a pandemia, mais mudanças. Conta Ana Letícia que os encontros, até então, aconteciam ora em galerias de arte ou prédios históricos, ora em livrarias e cafeterias. Fizeram até mesmo parceria com a Biblioteca Sinhá Junqueira, um tradicional ponto da cidade, mas o café da Biblioteca ainda não pode ser visitado pelo Clube de Leitura Livro, Prosa & Cia. O encontro foi adiado com a pandemia para tornar-se virtual.

No mundo on-line, insegurança e incerteza rondaram os membros do clube. Mas o apego ao livro foi mais forte e não ocorreu nenhuma diminuição no número de participantes – que varia entre 10 e 15 a cada encontro – e a conversa, garante Ana Letícia, vem fluindo “muito bem, mesmo em formato virtual”.
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Encontro virtual do clube de leitura – Foto: Divulgação/Instagram

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Comemoração dos quatro anos de existência

Assim, num mundo totalmente tecnológico, o clube comprova que o hábito da leitura não está ultrapassado, mostrando que, ao contrário, pode ser algo prazeroso, principalmente, se for feito em grupo. É que os encontros “são oportunidades para partilhar impressões, expor opiniões, debater ideias, ouvir comentários dos colegas e, desta forma, fazer com que o ato de ler deixe de ser uma atividade individual, o que cria uma maior motivação”, afirma Ana Letícia.

Motivados a continuar os encontros, os membros do clube se preparavam para comemorar, no mês de julho de 2021, os quatro anos de atividades. Queriam fazer “algo maior”, lamenta Ana Letícia, mas, com a pandemia ainda em evidência, o grupo terá de “se contentar com mais um encontro on-line”. Vão comemorar com festa virtual no dia 17 de julho e o tema será O livro que marcou sua vida como leitor. Cada participante vai falar sobre seus livros favoritos. “O importante é que o participante se sinta à vontade e que os encontros o motivem a manter uma rotina prazerosa de leitura.”

Para participar do Clube de Leitura ou das comemorações, basta entrar em contato pelo Instagram.
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Ouça no player a entrevista com Ana Letícia Brunelli de Moraes, funcionária da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

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