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Com importante papel na economia do País e no cotidiano de consumo da população geral, o setor de frutas e hortaliças (hortifruti) é um dos focos de estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba. Formado por professores e pesquisadores com conhecimentos sobre agronomia, economia, administração e contabilidade, além de outros profissionais, o Cepea publicou este mês um número da Revista Hortifruti Brasil dedicado à pesquisa sobre os danos econômicos causados pela pandemia da covid-19 no setor.

A revista Hortifruti Brasil, que pode ser lida neste link, entrevistou mais de 200 produtores de frutas e hortaliças para saber como eles têm adaptado suas atividades durante a quarentena e o que planejam para os próximos meses. “Dos entrevistados, 68% afirmaram ter a rentabilidade parcialmente ou totalmente prejudicada devido à pandemia. E dentre as principais estratégias tomadas estão o aumento da produtividade e/ou do gerenciamento e a redução de área. No geral, parte do setor só não teve prejuízo mais intenso porque a oferta da maioria dos produtos foi controlada no primeiro semestre”, concluem os pesquisadores em editorial. Além disso, a análise concluiu que a maioria dos entrevistados está otimista, acreditando que a situação possa voltar ao “normal”, com as atividades econômicas em pleno funcionamento, até o final de 2020. Confira os números no quadro.

O grupo também mantém um site para divulgação das pesquisas, preços de comercialização, análises de mercado diárias e notícias do setor hortifruti. Há informações sobre 13 setores: batata, cebola, tomate, cenoura, folhosas, banana, citros, maçã, mamão, manga, melancia, melão e uva em dezenas de regiões, em diferentes níveis de mercado (ao produtor, beneficiador, atacado, indústria).

Além da análise do setor hortifruti, o Cepea, que é parte do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq, realiza pesquisas sobre a dinâmica de cadeias produtivas de mais de 30 mercados agropecuários e também sobre o funcionamento integrado do agronegócio, o que abrange, por exemplo, questões de defesa sanitária, políticas comerciais externas e influência de novas tecnologias. O grupo também analisa o desempenho macroeconômico do setor e calcula periodicamente o Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio (nacional e de Estados), o PIB de cadeias produtivas e, também, índices de exportação do setor.

Outras publicações do Cepea, além do site e da revista Hortifruti Brasil, analisam o agronegócio sob o impacto da pandemia do novo coronavírus. Clique nos links abaixo para ver os conteúdos e confira as publicações de todos os setores neste link.

Diálogo em rede

Cerca de 6 mil profissionais de diferentes elos do agronegócio, como produtores rurais, representantes de cooperativas, de agroindústrias, comerciantes ou intermediários, prestadores de serviços e traders (investidores do mercado financeiro que buscam ganhar dinheiro com operações de curto prazo), atuantes em todas as regiões do País, contribuem com informações de suas áreas de atuação e recebem dados e análises dos pesquisadores do Cepea. A troca de informações auxilia o trabalho dos pesquisadores e, ao mesmo tempo, favorece a tomada de decisões dos produtores na gestão dos negócios hortifrutícolas.

Para participar do grupo de colaboradores do Cepea e receber informações sobre o setor no qual atua, basta fazer o cadastro neste link.

Para saber mais sobre estudos na área de hortifruti acesse www.hfbrasil.org.br