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De acordo com o Ministério da Saúde, de janeiro até o início de junho deste ano, mais de 73 mil pessoas foram diagnosticadas com dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Isso significa que, a cada 100 mil habitantes, 77,6 pessoas possuem a doença. Além das estatísticas alarmantes, o mosquito ainda transmite zika, chikungunya e a febre amarela. Por isso, o mosquito está em evidência tanto nos meios de comunicação como nas pesquisas de diversas áreas científicas, incluindo a computação.
E para discutir sobre o controle desse mosquito, pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) e da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, em São Carlos, promoverão o Workshop sobre biologia e controle do Aedes aegypti: pesquisa e prática. O evento será realizado no dia 10 de agosto, das 8 às 18 horas, no auditório Luiz Antonio Favaro, no ICMC.
O workshop é destinado para todas as pessoas e instituições que têm interesse no tema. Os interessados devem fazer as inscrições, gratuitamente, até o dia 3 de agosto.
Segundo Juliano Corbi, um dos organizadores do evento e professor da EESC, o principal objetivo é unir conhecimentos de diversas áreas numa forma de tentar entender as demandas do público que trabalha diretamente no combate ao mosquito e, ao mesmo tempo, validar as pesquisas acadêmicas relacionadas a esse assunto.
“Tem muitos pesquisadores na Universidade trabalhando e pesquisando sobre o Aedes e, ao mesmo tempo, muita gente em campo fazendo o controle desse mosquito, como é o caso da Vigilância Epidemiológica. Apesar disso, sentimos que a teoria e a prática não estão ‘conversando’. Dessa maneira, nosso objetivo é criar um evento em que seja possível dialogar com esses grupos a fim de unir conhecimentos”, afirma o professor Gustavo Batista, professor do ICMC e um dos organizadores do evento.
Ele explica que é muito importante ter pesquisas relacionadas ao controle do mosquito, para que se entenda como suprimir a população deles e agir antes de uma epidemia, a fim de evitar surtos como o do zika, em 2015.
O destaque da programação do evento é a palestra sobre a armadilha inteligente, que é capaz de identificar quantos e quais mosquitos estão em determinada área por meio do reconhecimento automático das espécies, sobretudo os mosquitos do gênero Aedes. Outro destaque é a palestra de Margareth Capurro, em que ela contará sua experiência com a Oxitec, empresa que desenvolve mosquitos geneticamente modificados, conhecidos como “Aedes do bem”.
Talissa Fávero/Assessoria do ICMC