“The Washington Post” falhou em punir jornalista

A opinião de Lins da Silva tem a ver com as difíceis condições de trabalho para o jornalista envolvido com mídias sociais

 03/02/2020 - Publicado há 4 anos

Nesta primeira edição do ano de sua coluna, o professor Carlos Eduardo Lins da Silva comenta episódio envolvendo o jornal The Washington Post, que suspendeu uma repórter por esta ter compartilhado em seu Twitter uma notícia antiga sobre uma denúncia de estupro contra o ex-jogador de basquete Kobe Bryant, recentemente falecido em acidente aéreo. Alguns dias depois, o jornal voltou atrás em sua decisão.

Para Lins da Silva, esse é um caso que demonstra como são difíceis, hoje em dia, as condições de trabalho para o jornalista envolvido com mídias sociais. “As empresas de jornalismo emitem sinais contraditórios de orientação para seus profissionais.” Ao mesmo tempo em que querem que os jornalistas tenham um grande número de seguidores nas mídias sociais e sejam ativos nessas redes, pedem ou exigem que tenham padrões de comportamento na vida social que são, muitas vezes, vagos e contraditórios entre si.

O jornalista se vê entre a cruz e a espada, porque ele tem que ser, ao mesmo tempo, ativo na vida social e, por outro lado, viver sob o constante temor de que alguma postagem possa resultar em punição. O colunista diz ainda que o jornal falhou nesse episódio, já que deveria proteger sua profissional de retaliações e não puni-la, como acabou acontecendo num primeiro momento.

Acompanhe, pelo link acima, a íntegra da coluna.


Horizontes do Jornalismo
A coluna Horizontes do Jornalismo, com o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção  da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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