Visibilidade dos casos de feminicídio promove discussões na sociedade

Maria Paula Panuncio fala sobre o que é o feminicídio e a falta de políticas afirmativas para tratar o assunto

 26/03/2019 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 29/03/2019 as 12:43

O programa Saúde sem Complicações desta semana traz o tema “Violência contra a mulher” e, para falar sobre, foi convidada a professora e terapeuta ocupacional Maria Paula Panuncio Pinto, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

A professora define o feminicídio como um crime de ódio contra a vida da mulher, apenas por ser do sexo feminino, e afirma que ainda faltam políticas afirmativas sobre o assunto. “Precisamos falar disso de uma forma estruturada. A gente precisa de campanha. As pessoas precisam ter consciência desse machismo que é inconsciente, do sexismo que é inconsciente, do preconceito contra as mulheres que é uma coisa tão natural que as pessoas têm atitudes machistas e preconceituosas e nem percebem”.

Maria Paula atribui a visibilidade dos casos de feminicídio ao movimento da sociedade que vem promovendo a discussão sobre a violência contra a mulher, reafirmando a necessidade de falar sobre o assunto. “Se a cada duas horas morre uma mulher no Brasil assassinada por um companheiro íntimo, por um homem. Se tem 5 mil mortes por ano no Brasil. Onde está o exagero de querermos falar sobre isso?”.

O programa da Rádio USP é produzido e apresentado pela locutora Mel Vieira, com trabalhos técnicos de Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana, e direção de Rosemeire Talamone. Toda a população está convidada a participar do Saúde sem Complicações, tirando dúvidas sobre saúde ou encaminhando sugestões de assuntos para novas discussões pelo e-mail imprensa.rp@usp.br.

 

Por: Tainá Lourenço


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