Para muitos, a Utopia do Antropoceno teria, no máximo, 30 anos. Afinal, termos como desenvolvimento sustentável e sustentabilidade surgiram no relatório Brundtland, cujo título é Nosso Futuro Comum, publicado em 1987. Na época, o documento foi elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, coordenada pela então primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland. “Antes disso, somente organizações e ONGs ligadas às questões ambientais usavam tais expressões. Daí que termos como desenvolvimento sustentável e sustentabilidade, como usamos atualmente, teriam, no máximo, 30 anos”, explica o professor José Eli da Veiga.
Mesmo assim, o colunista considera o cinquentenário um fato. Ele destaca que, na primeira das conferências sobre desenvolvimento e meio ambiente, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), tudo indicava que haveria um racha. “Isso porque países considerados como terceiro mundo, na época, e não alinhados aos Estados Unidos e à União Soviética, acreditavam que a questão do meio ambiente era uma desculpa para tornar o comércio internacional ainda mais injusto”, conta Eli da Veiga. Mas, numa operação muito bem arquitetada, Maurice Strong reuniu um grupo de economistas heterodoxos na Suíça e, desse encontro, abriu-se a via para entendimentos diplomáticos que levaram ao sucesso da Conferência de Estocolmo, em 1972. Detalhes dessa história podem ser lidos na coluna assinada por Eli da Veiga, na edição desta sexta-feira (28) do jornal Valor Econômico.
Sustentáculos
A coluna Sustentáculos, com o professor José Eli da Veiga, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção na Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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