Em momentos de protestos, tais como os antirracistas que aconteceram recentemente nos Estados Unidos, uma pergunta volta a ser questionada quando pensamos nos veículos de imprensa: estes veículos devem apoiar abertamente determinadas causas? De acordo com o jornalista e professor Carlos Eduardo Lins da Silva, essa pergunta deveria ser analisada por todos os jornalistas ao redor do mundo.
“Atualmente existe um debate entre jornalistas e estudiosos do jornalismo nos Estados Unidos a respeito do conceito de clareza moral”, comenta o professor. A definição desse conceito depende de cada caso particular, dos fatos, do contexto de cada situação histórica envolvida. No caso do racismo, é entender que existe um lado errado que não defende os mesmos direitos para todas as pessoas, que a cor de uma pessoa definiria qual tratamento ele ou ela deveria ter.
Um exemplo do uso da clareza moral em um veículo jornalístico brasileiro pouco tempo atrás é a campanha publicitária feita pela Folha de S. Paulo, que busca a defesa da democracia. Há discussão em torno dessa questão: é momento de os veículos assumirem uma posição pública sobre um tema como este, algo parecido com a campanha das Diretas Já feita em 1984 e, principalmente, já alcançamos o nível necessário para usar este conceito?
Ouça no link acima a íntegra da coluna Horizontes do Jornalismo.
Horizontes do Jornalismo
A coluna Horizontes do Jornalismo, com o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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