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O cenário atual da economia brasileira é de incerteza e de um certo nervosismo do mercado, avalia o professor Luciano Nakabashi ao refletir sobre o tema em sua coluna. Duas das consequências são a queda na Bolsa de Valores e a depreciação do real. Esse cenário de incerteza, segundo o colunista, se estende aos grandes investidores e também à questão dos juros, cuja taxa estava caindo até a última reunião do Copom, que decidiu mantê-la em 10,50 ao ano. “E as expectativas são de que essa taxa se mantenha em 10,50 até o final do ano e algumas expectativas que essa taxa de juros aumente. Então, tudo isso é reflexo de uma certa incerteza em relação a variáveis importantes econômicas do nosso país.”

O colunista entende que esse cenário está ligado a alguns elementos externos, refletindo certa instabilidade de economias importantes, como a dos Estados Unidos. Por outro lado, o mercado de trabalho, que está mais forte no Brasil, tem refletido na questão inflacionária, sem deixar de ignorar outro aspecto importante nessa equação: a política fiscal, que tem sido expansionista, com aumento nos gastos do setor público. “O cerne dos principais elementos é a questão fiscal. A gente tem que controlar o fiscal, tem que dar mais segurança para os agentes econômicos, para os investidores, e acho que está muito claro hoje que a questão do controle do déficit público passa por controle de gastos, o mercado vê que o governo não está muito disposto a controlar gastos, o que é fundamental para controlar o déficit e a trajetória da dívida em relação ao PIB, e é nisso que o governo tem que focar. Tem que focar nesse controle dos gastos para que a gente tenha mais estabilidade na economia brasileira e que a gente possa ter um crescimento mais sustentado a partir daí”, sentencia Nakabashi.

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