Uma mídia democrática aceita críticas e reconhece seus erros de maneira clara, pública e transparente

Para Carlos Eduardo Lins da Silva, a boa notícia é que os jornalistas conseguiram sobreviver aos quatro anos do último governo, em que se tentou sepultar a liberdade de imprensa no Brasil de todas as formas

 12/12/2022 - Publicado há 1 ano

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O professor Carlos Eduardo Lins da Silva, nesta edição, comenta as lições que a imprensa tirou do período de governo bolsonarista. Para ele, foram quatro anos muito difíceis para quem exerce a profissão de jornalista. No entanto, ele ressalta não ser um fenômeno especificamente brasileiro. O mundo todo tem se colocado contra jornalistas, causado agressões, proibido publicações, prendido jornalistas, etc.

Vale lembrar que esse fenômeno não é de esquerda ou direita. A boa noticia é que os jornalistas conseguiram sobreviver aos quatro anos do último governo – quando se tentou sepultar a liberdade de imprensa no Brasil -, continuando a exercer os seus direitos e cumprindo suas obrigações.

Lins da Silva ressalta que parte da descredibilidade que a mídia vem sofrendo decorre do papel de que muitos jornalistas e veículos de comunicação se tornaram, durante o século 20, muito arrogantes e reativos a críticas. “É preciso que os veículos de comunicação e jornalistas compreendam que eles também erram e precisam reconhecer os seus erros de maneira clara, pública, transparente”, afirma.


Horizontes do Jornalismo
A coluna Horizontes do Jornalismo, com o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção  da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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