Uma cidade onde a diversidade cultural marca presença 

O colunista Martin Grossmann continua a série sobre o México e destaca a relação entre arte, história e arquitetura

 27/04/2022 - Publicado há 2 anos
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Em sua coluna Na Cultura, o Centro Está em Toda Parte, na Rádio USP, o professor Martin Grossmann continua compartilhando as suas impressões sobre a arte e a cultura da cidade do México, onde participou de um seminário na Universidade de Guadalajara (clique e ouça o player acima).”O México é uma complexidade, no mínimo, ao cubo. Uma cidade onde há uma diversidade, sobreposições, intercursos, deslocamentos, interculturalidade, enfim, uma cultura material extremamente forte.”

Grossmann observa: “Também não podemos esquecer o papel das revoluções, a presença das distintas arquiteturas pré-hispânicas, coloniais, modernas e modernistas, o papel dos museus e outros equipamentos culturais”. O colunista aponta a relação com as múltiplas arquiteturas. “Há invenção e inovação! Também não podemos esquecer a presença dos grandes murais elaborados na sua relação com a arquitetura. É um todo… e tudo misturado.”

O Centro Histórico da Cidade do México, que desde 1987 é apontado como Patrimônio Mundial da Unesco é, segundo o professor, “um diálogo permanente entre arquitetura pré-hispânica, pré-colombiana e as construções coloniais que foram realizadas sobre a arquitetura já existente”. Destaca também a famosa catedral, uma das mais antigas das Américas. 

Grossmann integra o Comitê Científico do Centro de Estudos Latino-Americanos (Calas) na Universidade de Guadalajara. “A Cidade Universitária é um grande complexo no sul da cidade que simboliza também o Modernismo em sua potência”, comenta.  Cita também o  Bosque de Chapultepec: “Lá se encontram o Museu Nacional de Antropologia, o Museu de Arte Contemporânea Rufino Tamayo, Museu de Arte Moderna, Museu de História, enfim, um complexo que se parece com o nosso Parque Ibirapuera, no sentido de agregar diferentes instituições culturais, além de propiciar à população um lugar agradável e distinto da grade urbana complexa e caótica como é São Paulo e também como é a cidade do México”.

Outro ponto importante lembrado pelo colunista é o conjunto de casas-ateliês desenhado pelo arquiteto e artista Juan O’Gorman. “Creio que estas sejam as primeiras construções modernistas no eixo panamericano na década de 1920.” Em 1931, o arquiteto desenhou as casas-estúdios de Frida Khalo e Diego Rivera, atual sede do Museu Casa Estúdio.

 

 


Na Cultura, o Centro está em Toda Parte
A coluna Na Cultura o Centro está em Toda Parte, com o professor Martin Grossmann, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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