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Nesta semana, Giselle Beiguelman comenta a parceria do seu projeto temático Acervos Digitais e Pesquisa com o Arquigrafia, para implantação de buscas com visão computacional. O Arquigrafia é um projeto coordenado por Artur Rozenstraten para otimizar as buscas nesse acervo com recursos de inteligência artificial. “Modelos de visão computacional permitem que nós “escavemos” as imagens, em busca de novos formatos de catalogação, gerando informações a partir dos dados que estão nessas imagens e que não são visíveis. No caso específico do Arquigrafia, uma plataforma que disponibiliza mais de 15 mil imagens sob licença Creative Commons, aplicamos recursos de visão computacional para identificar elementos arquitetônicos, como, por exemplo, portas, janelas, escadas, materiais, como concreto, vidro e também mobiliário como cadeiras, mesas, além de algumas peças artísticas, como quadros e esculturas”, explica a colunista.

De acordo com ela, isso multiplica exponencialmente as possibilidades de pesquisa e a potência dos arquivos, para além do que foi definido no seu processo de catalogação tradicional. “Nós pretendemos criar um protótipo que não é só tecnológico, é político, pois toda tecnologia criada por nós é feita em código aberto e imediatamente disponibilizada para que outros pesquisadores possam usar os códigos, otimizá-los, melhorá-los, personalizá-los. Queremos não só permitir, mas fomentar que iniciativas como essa comecem a ser implantadas em outros acervos, multiplicando a mensagem de que hoje, quando se fala em descolonizar as instituições, os lugares de memória, os acervos, isso passa também por criar e inventar formas de ultrapassar as barreiras físicas entre os sistemas.”

Para conhecer os protótipos desenvolvidos na nossa parceria acesse: https://www.acervosdigitais.fau.usp.br/

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