Temperaturas extremas representam um agravamento na qualidade da saúde

Segundo o colunista Paulo Saldiva, já estamos lidando com as consequências das variações bruscas de temperatura, que colocam em risco a vida de mais de 5 milhões de pessoas

 19/07/2021 - Publicado há 3 anos

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Nos últimos dias, os efeitos do desbalanço climático ficaram mais nítidos. O Hemisfério Norte lidou com temperaturas muito mais elevadas do que o habitual, enquanto o Hemisfério Sul tem um inverno bastante intenso, com bruscas variações de temperatura.

Em sua coluna Saúde e Meio Ambiente, o professor Paulo Saldiva comenta um estudo publicado na revista The Lancet sobre os riscos de saúde que o desbalanço climático representa. A pesquisa feita em 750 cidades ao redor do mundo calcula que mais de 5 milhões de pessoas correm risco de morte quando um país lida com temperaturas fora do costume. “Um país que está acostumado a ter uma temperatura mais elevada sente muito quando passa por ondas de frio […] O oposto acontece nos países mais frios.”

“O número de 5 milhões de pessoas representa um grande fator de agravamento à saúde.” De acordo com Saldiva, entretanto, essas condições só podem ser enfrentadas com o controle do clima e com a redução dos gases de efeito estufa.

O professor afirma que nós já estamos lidando com as consequências do desbalanço climático, mas as medidas importantes são postergadas. “Não se trata somente de um problema ecológico […] Temos evidências sólidas, numericamente significativas, sobre a nossa saúde, a saúde das pessoas que nós amamos e, principalmente, deixando um legado bastante adverso para a geração que irá nos seguir”, conclui.


Saúde e Meio Ambiente
A coluna Saúde e Meio Ambiente, com o professor Paulo Saldiva, vai ao ar toda segunda-feira às 8h, quinzenalmente, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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