Técnica para tratar AVC isquêmico poderá ser incorporada pelo SUS

Octávio Pontes Neto adianta que a trombectomia mecânica está sendo utilizada em vários hospitais do Brasil, já tendo sido aprovada pela Anvisa

 16/06/2020 - Publicado há 4 anos

Nesta edição da coluna Minuto do Cérebro, o professor Octávio Pontes Neto fala dos resultados do estudo brasileiro Resilient, sobre a utilização da trombectomia mecânica para tratar o Acidente Vascular Cerebral (AVC) Isquêmico, que acaba de ser publicado no periódico de medicina New England Journal of Medicine

Pontes Neto explica que a trombectomia mecânica é uma técnica usada para o desentupimento de grandes artérias do cérebro de pacientes com AVC isquêmico. O procedimento, feito nas “primeiras horas do início dos sintomas do AVC, pode diminuir muito as chances de sequelas neurológicas”.

A técnica para a desobstrução das artérias é realizada através da introdução de um microcateter por uma das artérias da virilha, que é encaminhado às artérias do cérebro, onde um dispositivo “pesca” o coágulo que está entupindo a artéria. O professor adianta que, mesmo sendo utilizado em diversos hospitais do Brasil e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o procedimento não foi incorporado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) até o momento.

Mas os bons resultados do Resilient, realizados em 12 hospitais brasileiros do SUS, por pesquisadores da Rede Nacional de Pesquisa em AVC, estão sendo encaminhados ao Ministério da Saúde para incorporação do procedimento pelo SUS. Isso porque o estudo revela que a trombectomia mecânica, aliada ao tratamento médico padrão para o AVC isquêmico, aumenta de 20% para 35% as chances de os pacientes com a doença ficarem funcionalmente independentes e sem sequelas graves após tratamento.

Ouça no link acima a íntegra da coluna Minuto do Cérebro.


O minuto do Cérebro
A coluna O minuto do Cérebro, com o professor Octávio Pontes Neto, vai ao ar quinzenalmente,  terça-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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