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Encerrada a reunião do G20, realizada no Rio de Janeiro, o professor Alberto do Amaral foca seu comentário desta sua coluna no resultado do encontro que reuniu as 19 maiores economias do mundo, além da União Africana e da União Europeia. Ele considera que o saldo foi altamente positivo, num momento de dificuldade crescente do multilateralismo, do fracasso da Organização Mundial do Comércio e das dificuldades enfrentadas pela Organização das Nações Unidas. “Foi uma vitória da diplomacia”, afirma o colunista, principalmente da diplomacia brasileira, na discussão de três grandes temas: a aliança global contra a fome e a pobreza, o reforço dos objetivos do Acordo de Paris e a reforma da governança global. A reunião do G20 também se pronunciou a respeito das duas guerras atualmente existentes, a que confronta, de um lado, palestinos e israelenses e, de outro, russos e ucranianos. “Foi salientada a importância do respeito aos princípios da Carta das Nações Unidas, a resolução pacífica dos conflitos e a necessidade do respeito à soberania, à integridade territorial e à independência nacional.”

Amaral destaca ainda que a cúpula do Rio sublinhou, na sua declaração final, a importância da igualdade de gênero e da Organização Mundial da Saúde na coordenação do sistema internacional sanitário. “Há que se destacar a tributação dos mais ricos, que foi um outro objetivo importante alcançado pela declaração do Rio, e destacar também a necessidade de envidar esforços para a concretização da aliança global contra a fome e o desemprego, por intermédio de uma iniciativa internacional que reúne cerca de 82 países, organizações não governamentais e organizações internacionais.” Ele diz ainda que o Brasil tem se destacado por adotar medidas contra a fome, “e essas medidas foram agora transformadas em uma iniciativa global de grande alcance e importância, que marcará a participação brasileira no G20, sem dúvida nenhuma para o futuro, ainda que dificuldades existam no plano multilateral”.

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