Resultado de experimento com partícula traz novas emoções para a física

Experimento que confirma medição de partícula feita em 2001 difere de previsões teóricas e gera intensos debates entre físicos

 29/04/2021 - Publicado há 4 anos
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A agitação causada em físicos de todo o mundo com o anúncio do Fermilab, o maior acelerador de partículas dos Estados Unidos, dos resultados de um experimento com múons, partículas dos átomos descobertas há 85 anos, é o tema da coluna Ciência e Cientistas. “A primeira etapa de análise de um experimento conduzido ao longo dos últimos anos confirmou uma medida realizada 20 anos atrás e que difere de previsões teóricas”, conta o físico Paulo Nussenzveig. “Na coluna passada, tratei do papel da dúvida e da confusão na ciência, e como permitem avançar no conhecimento. A coluna de hoje vai ser um pouco técnica, mas espero transmitir um pouco da excitação que notícias como essa causam nos cientistas.”

“No início do século 20, com o advento da física quântica, não apenas começamos a desvendar a estrutura atômica da matéria, como avançamos em escalas ainda muito menores, descobrindo mais e mais novas partículas”, relata o físico. “Em 1936, ao estudar raios cósmicos que atingem a alta atmosfera terrestre, Carl Anderson e Seth Neddermeyer descobriram uma nova partícula negativamente carregada, mas com massa intermediária entre o elétron e o próton.”

“Com o tempo, foi determinado que a nova partícula, chamada múon, era uma ‘prima’ do elétron, diferindo essencialmente pela massa”, aponta Nussenzveig. Na época, essa constatação foi tão surpreendente, que Isidor Isaac Rabi declarou: ‘Quem foi que encomendou isso?’.”


Ciência e Cientistas
A coluna Ciência e Cientistas, com o professor Paulo Nussenzveig, no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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