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De olho nas eleições que se realizam hoje (3) nos Estados Unidos, o embaixador Rubens Barbosa levanta em sua coluna temas e questões que considera da mais alta importância no atual momento. O populismo nacionalista será aprovado ou rechaçado?, indaga ele. Como ficarão as políticas econômica e de saúde e aquelas relacionadas ao racismo e aos imigrantes? E mais: como será a nova ordem internacional e a relação dos EUA com o Brasil e a América do Sul? “Em relação ao Brasil, uma das primeiras consequências seria o relacionamento pessoal entre os presidentes continuar como com o Trump, ou mais distante, como seria com o Biden?”.

O isolamento brasileiro nos organismos internacionais continuará se acentuando ainda mais, caso Trump perca e o Brasil fique junto com os países mais conservadores da África e do Oriente Médio em temas sociais como aborto, religião, mulheres, gênero? Todas essas perguntas deverão começar a ser respondidas a partir de hoje, dependendo de quem vença as eleições naquele país do Hemisfério Norte. Rubens Barbosa considera o pleito como um dos mais importantes da história política americana, já que definirá os rumos dos EUA nos próximos anos, assim como sua influência em muitos países do globo.

O colunista não acredita que, independentemente de quem seja o vencedor, a cooperação econômica entre Brasil e EUA vá sair prejudicada. “O que vai mudar realmente é a questão do meio ambiente, em que, caso Biden ganhe, vai engrossar as críticas que já existem hoje na Europa contra a política ambiental brasileira, especialmente em relação à Amazônia”, diz Barbosa, que deixa para o final uma última indagação: uma vitória de Biden terá efeitos no processo eleitoral brasileiro em 2022?

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