Repouso prolongado pode não ser o melhor caminho para tratar concussão cerebral

Estudos recentes mostram que o repouso extremo pode não ser a melhor abordagem. A recomendação é iniciar atividades físicas leves, como caminhadas ou ciclismo estacionário, de 24 a 72 horas após o trauma

 Publicado: 04/02/2025 às 7:08
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Hoje vamos falar sobre concussão cerebral, um tema muito presente nos esportes e na vida cotidiana. Para começar, o que exatamente caracteriza uma concussão cerebral e quais são os sinais mais comuns? A concussão é uma forma de traumatismo craniano leve, também conhecida como TCE leve, que ocorre quando há um impacto direto na cabeça ou quando o corpo sofre uma desaceleração súbita, transmitindo uma força ao cérebro. O termo “leve” pode enganar, porque mesmo que os exames de imagem não mostrem lesões estruturais, a disfunção cerebral pode ser significativa.

Os sintomas geralmente aparecem dentro de minutos a horas após o trauma e incluem dor de cabeça, tontura, náusea, dificuldade de concentração, fadiga e sensibilidade à luz ou ao som. Além disso, problemas de equilíbrio e movimento ocular anormal podem ajudar a confirmar o diagnóstico clínico. O tratamento tradicional recomendava o chamado cocooning, ou seja, repouso total até os sintomas desaparecerem. Mas estudos recentes, como os publicados na New England Journal of Medicine, mostram que o repouso extremo pode não ser a melhor abordagem. Agora a recomendação é iniciar atividades físicas leves, como caminhadas ou ciclismo estacionário, de 24 a 72 horas após o trauma, respeitando os limites de sintomas. Isso acelera a recuperação e reduz a chance de sintomas persistentes. Além disso, a reabilitação pode envolver fisioterapia direcionada para problemas cervicais e vestibulares, quando presentes. O retorno ao esporte é gradual e depende da recuperação completa na escola ou nas atividades cotidianas. E, claro, o acompanhamento médico semanal é essencial para ajustar o plano de tratamento conforme necessário.


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