Relatório da Fundação Palmares sobre livros é frágil e autoritário

Medida não se justifica por critérios biblioteconômicos, segundo a professora Marisa Midori

 25/06/2021 - Publicado há 3 anos

O relatório da Fundação Palmares que tenta justificar o “expurgo” de livros da sua biblioteca, anunciado neste mês pela instituição, se utiliza de argumentos frágeis, está baseado em “leituras atravessadas” e tem cunho marcadamente autoritário. Foi o que disse a professora Marisa Midori em sua coluna Bibliomania, transmitida pela Rádio USP (93,7 MHz) nesta sexta-feira, dia 25.

Para Marisa, a medida não se justifica nem mesmo por critérios biblioteconômicos. De acordo com especialistas consultados pela professora, bibliotecas doam seus livros quando essa medida é necessária para a renovação do seu acervo e para o ganho de espaço. Já os livros danificados devem ser restaurados. Em nenhum desses casos se enquadram os livros descartados pela Fundação Palmares, que representam apenas 3% do total de volumes da sua biblioteca. “O relatório é gravíssimo pelo excesso de adjetivos desqualificadores e pela fragilidade das provas”, afirma Marisa.


Bibliomania
A coluna Bibliomania, com a professora Marisa Midori, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 9h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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